Irã oferece apoio a Maduro para enfrentar a "pirataria" dos Estados Unidos após nova apreensão de navio venezuelano



O ministro das Relações Exteriores, Yván Gil, afirmou que seu homólogo iraniano, Abbas Araghchi, expressou sua “plena solidariedade” com Caracas.

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A Venezuela assegurou neste sábado que o governo do Irã ofereceu sua ajuda para "enfrentar a pirataria e o terrorismo internacional que os Estados Unidos buscam impor", após a apreensão de um segundo navio petroleiro frente às costas do país sul-americano.

O anúncio foi feito pelo ministro das Relações Exteriores, Yván Gil, que afirmou ter mantido uma conversa telefônica com seu homólogo iraniano, Abbas Araghchi, durante a qual Teerã expressou sua “plena solidariedade” com Caracas e ofereceu cooperação em todos os âmbitos “para contrabalançar as agressões de Washington”.

“Venezuela recebeu uma manifestação plena de solidariedade do governo da República Islâmica do Irã, bem como sua oferta de cooperação em todas as áreas para enfrentar a pirataria e o terrorismo internacional que os Estados Unidos buscam impor por meio da força militar, violando a Carta das Nações Unidas e o direito internacional”, afirmou Gil em um comunicado divulgado no Telegram.

Comunicado da Venezuela no Telegram

O chanceler venezuelano afirmou que ambos os países analisaram as “ameaças, atos de pirataria dos Estados Unidos e o roubo de navios carregados de petróleo venezuelano”, em referência ao aumento das operações militares americanas no Caribe.

Neste sábado, ocorreu a segunda apreensão de um petroleiro venezuelano por parte dos EUA em menos de duas semanas.

Minutos depois, o governo iraniano expressou que o sequestro do petroleiro venezuelano por parte dos Estados Unidos era um ato de «pirataria estatal».

"A interceptação de um navio mercante que transportava petróleo perto das costas da Venezuela e sua apreensão são exemplos de pirataria estatal", diz a declaração do ministério das Relações Exteriores iraniano publicada no Telegram.

A nova apreensão, confirmada por funcionários americanos à CNN, foi realizada no sábado pela Guarda Costeira dos Estados Unidos.

Se trata de um petroleiro com bandeira panamenha que transportava petróleo venezuelano para a Ásia.

Segundo as autoridades norte-americanas, a embarcação não estava na lista de sanções do Tesouro.

A secretária de Segurança Nacional, Kristi Noem, declarou na rede X que o navio havia estado recentemente atracado em portos venezuelanos, e advertiu que “os Estados Unidos continuarão a perseguir o movimento ilícito de petróleo sancionado”.

Esta operação ocorre apenas dez dias após a apreensão do petroleiro Skipper, uma embarcação vinculada ao Irã e sancionada pelo Departamento do Tesouro, cujo destino era Cuba.

Após a primeira apreensão, o presidente Donald Trump afirmou que seu governo "continuará perseguindo todos os navios que transportam petróleo venezuelano" e até anunciou um "bloqueio naval" contra os petroleiros sancionados por vínculos com os regimes de Caracas e Teerã.

As tensões entre Washington e Caracas se intensificaram desde o início de dezembro, quando os Estados Unidos enviaram milhares de tropas e um grupo de ataque naval ao Caribe para coibir o tráfico de drogas e armas procedentes da Venezuela.

O Pentágono reconheceu 29 operações contra embarcações suspeitas, nas quais mais de uma centena de pessoas morreram.

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