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O governo da Rússia lançou nesta quinta-feira um alerta à Administração de Donald Trump em relação à situação na Venezuela, e sublinhou que uma “escalada deliberada de tensão” poderia levar a consequências imprevisíveis para todo o Hemisfério Ocidental.
Em uma declaração oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, divulgada neste 18 de dezembro, Moscou expressou sua "especial preocupação" quanto ao caráter unilateral de decisões que —afirmou— representam uma ameaça à navegação internacional.
“Esperamos que a Administração de Donald Trump, caracterizada por uma abordagem racional e pragmática, não cometa um erro fatal e evite continuar deslizando para uma situação que ameaça com consequências imprevisíveis para todo o Hemisfério Ocidental”.
A chancelaria russa instou Washington a não cair no que qualificou como “obnoxiedade ideológica”, argumentando que essa postura limita a compreensão do que ocorre em torno da Venezuela.
Nesse contexto, Moscovo citou o libertador Simón Bolívar para sublinhar o princípio da soberania: “Cada povo tem o direito de escolher por si mesmo os seus governantes, e as demais nações devem respeitar essa escolha”, destacou.
Rússia afirmou que apostar na normalização do diálogo entre os Estados Unidos e a Venezuela e sustentou que é necessário dar passos rumo à distensão e à busca de soluções “construtivas”, respeitando as normas do Direito Internacional.
Moscovo reiterou também seu apoio à tese de que América Latina e o Caribe devem permanecer como uma zona de paz, condição que —conforme indicou— garante o desenvolvimento estável e independente dos países da região.
Em sua mensagem, a chancelaria reafirmou sua “solidariedade com o povo venezuelano” e seu apoio ao rumo do governo de Nicolás Maduro, orientado — apontou — a defender os interesses nacionais e a soberania do país.
Esta declaração ocorre após os Estados Unidos terem destruído pelo menos quatro embarcações em águas próximas à Venezuela nas últimas 48 horas, a última delas com um saldo de quatro mortos.
Washington afirma que as lanchas estão ligadas ao narcotráfico; mas a Venezuela denuncia que são mecanismos de pressão sobre esse país.
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