Washington confirma o traslado para o porto dos Estados Unidos do petroleiro apreendido frente à Venezuela



Os EUA trasladam para o seu próprio porto um navio petroleiro apreendido perto da Venezuela em uma operação que busca frear o tráfico de petróleo para Cuba e sancionar o regime de Maduro. A ONU pede moderação.

Donald Trump / Petroleiro capturadoFoto © La Casa Blanca em X / US Navy

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, informou que o petróleo do navio apreendido frente às costas da Venezuela será retido pelo seu governo, e a administração confirmou isso nesta quinta-feira.

Durante um intercâmbio com jornalistas na Casa Branca na quarta-feira, o mandatário respondeu com seu habitual estilo direto à pergunta: "O que acontece com o petróleo do petroleiro que você apreendeu perto da Venezuela?".

“Eu suponho que ficamos com o petróleo!”, disse Trump, atacando o repórter que queria saber para onde ia o navio: “Você é um bom informante. Consiga um helicóptero e siga o petroleiro!”.

Um dia depois, Washington confirmou oficialmente que o petroleiro, apreendido por forças americanas em uma operação frente às costas venezuelanas, será transferido para um porto dos Estados Unidos, mas não especificou qual.

A medida coincidiu com novas sanções do Departamento do Tesouro contra três familiares de Cilia Flores, esposa de Nicolás Maduro, e seis empresas ligadas ao envio de petróleo venezuelano.

O Departamento do Tesouro qualificou dois dos sobrinhos de Flores como “narcotraficantes que operam na Venezuela”. “Nicolás Maduro e seus sócios criminosos estão inundando os Estados Unidos com drogas que envenenam o nosso povo”, declarou o secretário do Tesouro, Scott Bessent.

O navio estava a caminho de Cuba quando foi interceptado pela Guarda Costeira

A Casa Branca explicou que a mudança visa impedir o tráfico de petróleo sancionado que financia “narco-terrorismo de regimes ilegítimos”, nas palavras da porta-voz Karoline Leavitt.

A operação foi executada por forças estadounidenses que desceram em cordas de um helicóptero sobre a coberta do navio, em uma ação que o Departamento de Segurança Nacional qualificou como direcionada ao "regime de Maduro".

Desde Caracas, o ditador Nicolás Maduro qualificou a ação de “roubo descarado e ato de pirataria internacional”, assegurou que houve “sequestro da tripulação” e prometeu “proteger o livre comércio do petróleo venezuelano”.

A ONU expressou preocupação com a escalada de tensões e pediu “moderação para evitar desestabilizar a região”. Há mais de uma semana, Trump afirmou que os dias de Maduro “estão contados” e não descartou uma invasão terrestre se o regime chavista continuar desafiando as sanções americanas.

Arquivado em:

Equipe Editorial da CiberCuba

Uma equipe de jornalistas comprometidos em informar sobre a atualidade cubana e temas de interesse global. No CiberCuba, trabalhamos para oferecer notícias verídicas e análises críticas.