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O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira novas sanções contra vários familiares e aliados de Nicolás Maduro e de sua esposa, Cilia Flores, como parte das ações para atingir as redes de corrupção e narcotráfico que sustentam o regime de Caracas.
“Hoje sancionamos indivíduos que sustentam o narcoestado de Nicolás Maduro. Não permitiremos que a Venezuela continue inundando nossa nação com drogas mortais”, declarou o secretário do Tesouro, Scott Bessent.
Disse que “Maduro e seus cúmplices criminosos ameaçam a paz e a estabilidade do nosso hemisfério. A Administração Trump continuará atacando as redes que sustentam sua ilegítima ditadura”.
As sanções abrangem Eloisa Flores de Malpica, mãe de Malpica e irmã de Cilia Flores; seu pai Carlos Evelio Malpica Torrealba; sua irmã Iriamni Malpica Flores; sua esposa Damaris del Carmen Hurtado Pérez; e sua filha Erica Patricia Malpica Hurtado.
Todos foram designados sob a Ordem Executiva 13850, por serem familiares diretos de um indivíduo implicado em práticas corruptas e operações financeiras fraudulentas com o Governo da Venezuela.
Além disso, a OFAC sancionou Roberto Carretero Napolitano e Vicente Luis Carretero Napolitano, familiares do empresário Ramón Carretero, que já havia sido incluído na lista negra no dia 11 de dezembro por seu papel em transações ilícitas com o clã Malpica Flores e a estrutura econômica do regime de Maduro.
Com essas medidas, o governo de Donald Trump deixou todos os bens e ativos dos sancionados bloqueados que se encontrem em território americano ou sob controle de entidades norte-americanas.
Além disso, todas as transações financeiras, comerciais ou de serviços com os designados estão proibidas, salvo autorização expressa da OFAC, destaca a entidade.
Qualquer empresa ou pessoa que mantenha vínculos com os sancionados pode ser alvo de sanções secundárias, alerta.
A nota esclarece que os bancos e entidades financeiras que operem com indivíduos incluídos na lista de Nacionais Especialmente Designados (SDN) correm o risco de enfrentar sanções ou multas, mesmo que as operações sejam indiretas.
A medida reforça a estratégia de Washington de desmantelar as redes familiares e econômicas que sustentam a ditadura de Maduro, particularmente aquelas vinculadas ao suposto desvio de fundos da PDVSA e lavagem de dinheiro por meio de empresas de fachada no Panamá, na República Dominicana e na Espanha.
Carlos Erik Malpica Flores, sobrinho político de Maduro, foi tesoureiro nacional da Venezuela e vice-presidente de Finanças da PDVSA.
Foi apontado pelos Estados Unidos, Europa e vários países latino-americanos por liderar uma trama multimilionária de corrupção e narcotráfico que canaliza recursos para o entorno familiar do mandatário venezuelano.
Segundo o Departamento do Tesouro, as sanções buscam “forçar uma mudança de comportamento” nos funcionários e próximos do regime, não apenas puni-los.
Washington mantém mais de 150 indivíduos e entidades venezuelanas sancionadas, incluindo a PDVSA, o Banco Central da Venezuela, empresas de navegação ligadas à exportação encoberta de petróleo e operadores financeiros internacionais relacionados ao regime chavista.
O anúncio ocorre em meio a uma escalada de tensões no Caribe, após a decisão da Administração Trump de intensificar o bloqueio naval contra os petroleiros sancionados da “flota fantasma” venezuelana, uma operação que também afeta os suprimentos de petróleo para Cuba, principal aliado político de Maduro.
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