Trump explode contra o New York Times: "Sou o presidente mais forte, mais saudável e mais trabalhador"



Trump disse que fez três testes cognitivos e os passou com notas que poucos seriam capazes de obter, incluindo membros do próprio New York Times.

Donald TrumpFoto © X / A Casa Branca

Vídeos relacionados:

O presidente Donald Trump atacou nesta quarta-feira o The New York Times em uma extensa mensagem publicada em sua rede social Truth Social, onde defendeu seu estado de saúde física e cognitiva, enquanto acusou o jornal de disseminar informações "falsas" e "traidoras" sobre ele.

Em sua publicação, Trump afirmou que nenhum mandatário na história dos Estados Unidos trabalhou tanto quanto ele, e se descreveu como o presidente com "as jornadas mais longas" e "os melhores resultados".

Atribuiu à sua gestão o fim de oito guerras - não forneceu detalhes - a criação do que chamou de "a maior economia" do país, o retorno maciço de negócios ao território americano, a reconstrução do exército, o maior pacote de cortes fiscais e regulatórios e o fechamento da fronteira sul, que estava "aberta e perigosa" antes de seu mandato.

"Eu criei uma 'aura' em torno dos 'Estados Unidos da América' que levou todos os países do mundo a nos respeitar mais do que nunca", afirmou.

O mandatário também dedicou uma parte considerável de sua mensagem aos seus exames médicos.

Afirmou ter se submetido repetidamente a testes "longos, exaustivos e muito enfadonhos" no Centro Médico Militar Nacional Walter Reed, onde -segundo disse- os especialistas teriam lhe atribuído classificações "perfeitas".

Inclusive, ele mencionou que alguns médicos lhe disseram que nunca tinham visto resultados tão bons como os dele.

"Faço esses testes porque devo isso ao nosso país", sublinhou.

Trump acrescentou que, além dos exames físicos, se apresentou em três ocasiões a testes cognitivos, o último deles recentemente, e que os teria superado "com nota".

Afirmou que poucos seriam capazes de obter notas altas nessas provas, incluindo -disse- membros do próprio New York Times.

Captura do Truth Social / Donald J. Trump

Recalcou que vários presidentes não se submeteram a avaliações semelhantes, insinuando que os testes são demasiado exigentes e que nem todos se sairiam bem.

Nesse contexto, acusou o jornal nova-iorquino de insistir na narrativa de que ele estaria "desacelerando" ou perdendo lucidez. Para Trump, são afirmações deliberadamente falsas e buscam prejudicá-lo politicamente.

"Eu saberei quando estou «desacelerando», mas não é agora!" expressou.

Trump qualificou esses relatórios de "sediciosos" e "traidores", criados apenas com a intenção de difamar e menosprezar o presidente dos Estados Unidos.

"São verdadeiros inimigos do povo, e deveríamos fazer algo a respeito", advertiu.

Também criticou a cobertura do New York Times sobre processos eleitorais relacionados à sua figura, assegurando que o jornal publicou relatos imprecisos pelos quais teria sido obrigado a se desculpar, embora não tenha especificado quando isso ocorreu.

Segundo Trump, "o melhor que poderia acontecer ao país" seria que o jornal deixasse de existir, por considerá-lo uma "fonte horrível, tendenciosa e falsa".

O texto concluiu com sua habitual consigna política: "Vamos fazer com que os Estados Unidos voltem a ser grandes!".

Com esta nova ofensiva retórica, Trump volta a se posicionar em confronto direto com um dos meios de comunicação mais influentes do país, em um momento em que seu estado de saúde e sua agudeza mental têm sido objeto de debate público, impulsionado tanto por comentários de adversários políticos quanto por reportagens da imprensa.

Na semana passada, o médico da Casa Branca afirmou que o presidente "mantém uma excelente saúde em geral" aos 79 anos.

"As imagens cardiovasculares do presidente Trump estão perfeitamente normais", informou um memorando enviado por Sean P. Barbabella à secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavit.

"Não há evidências de estreitamento arterial que impeça o fluxo sanguíneo, ou anomalias no coração ou principais vasos sanguíneos. As cavidades cardíacas têm tamanho normal, as paredes dos vasos sanguíneos parecem lisas e saudáveis, e não há sinais de inflamação ou obstrução", detalhou o relatório.

Sobre a natureza do exame, Barbabella esclareceu que o propósito era preventivo: "identificar problemas de forma precoce, confirmar a saúde geral e garantir que mantenha a vitalidade e o funcionamento a longo prazo".

O memorando foi publicado após Trump anunciar que tornaria público seu exame físico, depois que vazou que em outubro ele foi submetido a uma ressonância magnética.

"Foi apenas uma ressonância magnética. Que parte do corpo? Não era o cérebro, porque fiz um teste cognitivo e tirei um excelente", disse à imprensa.

No mês de julho passado, Trump foi diagnosticado com insuficiência venosa crônica, após se submeter a exames médicos devido a inchaço nas pernas e hematomas nas mãos.

Leavitt disse na época que os estudos, incluindo uma ultrassonografia, revelaram que se trata de uma condição benigna e comum, especialmente em pessoas com mais de 70 anos.

"Não há sinais de trombose venosa profunda nem de doenças arteriais", esclareceu.

O presidente, de 79 anos, também foi avaliado com um eletrocardiograma, que mostrou um coração estruturalmente saudável e em bom funcionamento.

"Não foi detectada insuficiência cardíaca, dano renal nem doenças sistêmicas", acrescentou Leavitt, que tentou minimizar a questão.

Em relação aos hematomas observados nas mãos de Trump, a porta-voz explicou que são "irritaçõe menores" causadas pelos frequentes apertos de mão e pelo uso habitual de aspirina como parte de seu regime cardiovascular.

Arquivado em:

Equipe Editorial da CiberCuba

Uma equipe de jornalistas comprometidos em informar sobre a atualidade cubana e temas de interesse global. No CiberCuba, trabalhamos para oferecer notícias verídicas e análises críticas.