O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira que seu governo apreendeu um petroleiro frente às costas da Venezuela, em meio a crescentes tensões com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
Segundo informou a agência Associated Press (AP), o presidente classificou a operação como “o maior petroleiro já capturado” e explicou que foi uma ação liderada pela Guarda Costeira dos Estados Unidos com o apoio da Marinha.
Trump não ofereceu mais detalhes sobre o navio nem sobre a operação, embora tenha antecipado que “outras coisas estão acontecendo” e que falará sobre o assunto mais adiante.
Um funcionário americano, que pediu anonimato, confirmou à AP que a apreensão faz parte dos esforços do governo para aumentar a pressão sobre Maduro, acusado nos Estados Unidos de narcoterrorismo.
O anúncio ocorreu um dia depois que o exército dos Estados Unidos realizou voos de aviões de combate sobre o Golfo da Venezuela, em uma das manobras mais próximas do espaço aéreo do país desde o início da campanha de pressão contra o regime venezuelano.
Os Estados Unidos mantiveram nos últimos meses uma presença militar incomum no Caribe, com operações contra supostas embarcações de contrabando de drogas e uma política de vigilância reforçada sobre a região.
As relações entre Washington e Caracas atravessam um de seus pontos mais críticos em anos.
Em novembro, um petroleiro russo sancionado pelo Reino Unido e pela União Europeia interrompeu abruptamente sua rota em direção à Venezuela após um navio de guerra americano interferir em seu trajeto no mar do Caribe.
Por outro lado, a recente cancelamento de voos internacionais para a Venezuela, alertado pela associação mundial de companhias aéreas como uma situação "delicada", deixou o país cada vez mais isolado do mundo.
Enquanto isso, a administração Trump insiste em manter sua estratégia de pressão diplomática, econômica e militar sobre Maduro, ao mesmo tempo em que assegura que seu objetivo é restaurar a estabilidade democrática e a segurança no hemisfério.
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