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A associação mundial de companhias aéreas qualificou como “delicada” a situação provocada pela cancelamento de voos para a Venezuela após as advertências de precaução emitidas para sobrevoar seu espaço aéreo.
Segundo informou a agência EFE, o vice-presidente regional do organismo, Peter Cerdá, afirmou em uma coletiva de imprensa em San Salvador que a prioridade é manter um diálogo aberto com as autoridades e as companhias aéreas para tomar as melhores decisões.
“It's a delicate situation where we are very involved in trying to ensure that there is dialogue and transparency in order to make the best decisions as a sector,” Cerdá stated when asked about the matter.
O representante alertou que o impacto para a Venezuela é significativo, uma vez que o país ficou sem operações de companhias aéreas estrangeiras após os cancelamentos e já enfrentava uma perda de conectividade em nível regional e global.
Cerdá explicou que a falta de voos afeta tanto os vínculos familiares quanto as relações econômicas, especialmente devido ao grande número de venezuelanos residentes em outros países da região e na Europa.
De acordo com os dados citados pela EFE, na Espanha foram canceladas quatro rotas que transportavam cerca de seis mil passageiros por semana, no Panamá cerca de dois mil e duzentos e na Colômbia cerca de mil e quinhentos, justamente quando a indústria aérea entra em sua temporada mais alta devido às celebrações de fim de ano.
O dirigente destacou que cada companhia aérea analisa de forma independente a situação, seguindo seus próprios protocolos de segurança e avaliação de riscos.
A Venezuela perdeu nas últimas semanas quase dois terços de suas frequências internacionais, após o aviso emitido pela Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) sobre os riscos de sobrevoar o espaço aéreo venezuelano e o sul do Caribe.
A medida chega em um contexto de tensões entre Washington e Caracas, após o desdobramento aeronaval dos Estados Unidos na região, que o presidente Donald Trump defendeu como parte de sua luta contra o narcotráfico, enquanto Nicolás Maduro o qualificou como uma tentativa de pressão política.
A crise aérea que enfrenta Venezuela obrigou milhares de pessoas a redesenhar suas rotas de saída em meio a uma crescente ameaça de conflito armado com os Estados Unidos.
Sem voos internacionais disponíveis, os viajantes devem completar um complexo circuito interno, que combina trajetos por estrada e voos locais para aeroportos próximos à fronteira.
O estado Táchira, no oeste do país, tornou-se um dos principais pontos de trânsito para a Colômbia. Um desses viajantes é José Castro, que relatou à agência EFE sua travessia desde o estado de Nova Esparta.
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