Toque de panelas em Santiago de Cuba após apagão geral: "¡Queremos corrente!"

O apagão massivo que afetou o leste do país deixou várias províncias sem serviço, de Las Tunas a Guantánamo. Em Santiago, as interrupções se estenderam por mais de 24 horas, o que gerou desespero entre a população.

Cidada protesta contra apagão em Santiago de CubaFoto © Captura de vídeo Facebook / Yosmany Mayeta Labrada

As horas prolongadas sem eletricidade após o colapso deste domingo do Sistema Elétrico Nacional (SEN) desencadearam uma explosão de descontentamento em Santiago de Cuba, onde os moradores saíram às ruas da cidade ao som de panelas batendo para exigir o restabelecimento do serviço.

O jornalista independente Yosmany Mayeta Labrada compartilhou em suas redes sociais vídeos do incidente. Nas imagens ouvem-se gritos de “Queremos corrente!” acompanhados do som de panelas e utensílios metálicos, um recurso de protesto cada vez mais recorrente na Ilha diante dos apagões em massa.

O apagão que afetou o leste do país na noite de 7 de setembro deixou várias províncias sem serviço, desde Las Tunas até Guantánamo, após uma falha na linha de 220 kV Nuevitas-Tunas. Em Santiago, os cortes se prolongaram por mais de 24 horas, o que gerou desespero entre a população.

Embora a União Elétrica (UNE) tenha informado sobre trabalhos de recuperação e reconexão progressiva do sistema, a indignação da população em Santiago se manifestou imediatamente.

Os residentes denunciaram não apenas a falta de eletricidade, mas também as dificuldades para armazenar alimentos, a escassez de água e a impossibilidade de realizar atividades cotidianas em meio a temperaturas sufocantes.

As manifestações em Santiago de Cuba não são um fato isolado. Nos últimos meses, diferentes localidades da região oriental protagonizaram manifestações similares diante dos cortes de eletricidade prolongados, que afetam a vida cotidiana e evidenciam a profunda crise do sistema energético cubano.

O toque de panelas deste 8 de setembro no coração de Santiago é mais uma demonstração de um descontentamento que cresce no mesmo ritmo que os apagões.

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