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A decisão do presidente Donald Trump de suspender a ajuda externa dos Estados Unidos por 90 dias pode ter consequências significativas no equilíbrio de poder global, alertaram especialistas em política internacional.
Segundo analistas consultados pela Associated Press, a medida poderia fortalecer regimes autoritários ao reduzir o apoio a governos democráticos e organizações de direitos humanos em países em crise.
A suspensão afeta numerosos programas financiados pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), que têm sido fundamentais na promoção da democracia e na assistência humanitária em países como Venezuela, Cuba, China e Bielorrússia, entre eles o da Fundação Nacional para a Democracia (NED, na sigla em inglês).
Os analistas apontam que a interrupção desses fundos envia um sinal negativo às ditaduras e mina os esforços democráticos em todo o mundo.
Além disso, a congelamento da ajuda levou a demissões em massa e ao fechamento de programas essenciais em diversas partes do mundo, informa a AP.
Na África, por exemplo, projetos destinados a combater doenças, melhorar a educação e fornecer alimentos foram abruptamente interrompidos, colocando em risco milhões de pessoas que dependem dessa assistência.
Em resposta às críticas, o secretário de Estado, Marco Rubio, defendeu a medida, argumentando que é necessário revisar cada programa para garantir que estejam alinhados com os interesses nacionais dos Estados Unidos.
No entanto, foram adicionadas mais isenções para programas humanitários que fornecem medicamentos, alimentos e abrigo, em uma tentativa de mitigar o impacto da suspensão.
Apesar dessas isenções, a incerteza persiste entre as organizações de ajuda e os governos estrangeiros que dependem da assistência americana. Muitos temem que a redução da ajuda externa possa ser aproveitada por potências como a China e a Rússia para expandir sua influência em regiões vulneráveis, preenchendo o vazio deixado pelos Estados Unidos.
Neste contexto, o chanceler cubano Bruno Rodríguez Parrilla criticou a posição dos Estados Unidos em relação à ajuda externa, apontando que "o Governo dos EUA se alarma agora com as milionárias operações corruptas da #NED em diversos países com fundos do contribuinte americano. Deveriam revisar quantos naquele país se enriqueceram organizando desestabilizações e terrorismo contra a #Cuba com o apoio dessa organização".
A USAID desempenhou um papel crucial na política externa dos Estados Unidos, focando na promoção da democracia, no desenvolvimento econômico e na assistência humanitária em mais de 100 países.
No entanto, após a chegada do presidente Donald Trump à Casa Branca, foram implementadas mudanças significativas que afetam seu funcionamento e missão.
Posteriormente ao anúncio de Trump sobre a congelar a ajuda externa, Elon Musk, diretor do Departamento de Eficiência Governamental, anunciou a intenção de fechar a USAID, classificando-a como uma "organização criminosa" e "um punhado de vermes".
Mais tarde, o secretário de Estado assumiu o cargo de administrador interino da USAID e anunciou sua fusão com o Departamento de Estado. Essas ações têm gerado controvérsias e debates sobre sua legalidade, dado o mandato estabelecido para a criação da USAID na Lei de Assistência Externa.
Essas decisões suscitaram críticas tanto a nível nacional quanto internacional. Organizações não governamentais e especialistas em desenvolvimento alertam que a redução da ajuda externa e a dissolução da USAID poderão enfraquecer os esforços humanitários e de desenvolvimento em todo o mundo, afetando negativamente as populações mais vulneráveis.
No contexto cubano, a USAID esteve envolvida em programas controversos, como a criação da rede social ZunZuneo, conhecida como o "Twitter cubano", que tinha o objetivo de promover a dissidência na ilha. Essas iniciativas foram criticadas pelo governo cubano, que as considera tentativas de desestabilização.
Impacto do congelamento da ajuda externa de Trump
Como a congelamento da ajuda exterior afeta os regimes autoritários?
A suspensão da assistência externa por parte dos Estados Unidos poderia fortalecer regimes autoritários ao reduzir o apoio a governos democráticos e organizações de direitos humanos. A falta de ajuda poderia ser aproveitada por potências como a China e a Rússia para expandir sua influência em regiões vulneráveis.
Quais programas são afetados pela congelamento da ajuda externa dos EUA?
A congelamento afeta numerosos programas financiados pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), que têm sido fundamentais na promoção da democracia e na assistência humanitária. Projetos na África para combater doenças e fornecer alimentos, assim como iniciativas em países como Venezuela e Cuba, foram interrompidos.
Quais são as consequências da suspensão de fundos para meios de comunicação e ONGs em Cuba?
A suspensão de fundos afeta gravemente a imprensa independente e as ONGs que promovem a democratização em Cuba. Isso deixa suas operações e fontes de financiamento em incerteza, enfraquecendo sua capacidade de informar e atuar na ilha.
Que críticas a administração Trump recebeu pela congelação da ajuda externa?
A administração Trump tem recebido críticas tanto em nível nacional quanto internacional. Organizações não governamentais e especialistas em desenvolvimento alertam que a redução da ajuda exterior pode enfraquecer os esforços humanitários e de desenvolvimento em todo o mundo. No contexto cubano, a medida é vista como um golpe aos esforços para promover a democracia e os direitos humanos na ilha.
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