Kennith Gonzalez (Nova Jersey, 2000) é descendente de cubanos e foi nomeado, aos 24 anos, como diretor executivo do Partido Republicano em Nova Jersey. A designação foi anunciada no dia 30 de dezembro de 2024 pelo Comitê estadual de sua formação política, e ele assumiu oficialmente o cargo em 1º de janeiro de 2025.
De pais habaneros, que chegaram aos Estados Unidos durante a onda migratória de 1994, Kennith Gonzalez tem como inspiração Marco Rubio, atual Secretário de Estado da administração Trump e que, assim como ele, também é filho de cubanos.
Em uma entrevista concedida à CiberCuba, Gonzalez explicou que se juntou ao Partido Republicano em 2014, antes da primeira campanha eleitoral de Donald Trump, e desde então conta com o apoio de seus pais, que na época eram democratas não convencidos e hoje são eleitores republicanos e apoiam seu único filho.
Gonzalez está convencido de que a administração Trump não apenas devolverá o progresso e o bem-estar aos Estados Unidos, mas que, além disso, trouxe esperança a imigrantes de Cuba, Venezuela e Nicarágua. No caso cubano, ele está convencido de que "nosso dia já está chegando".
Graduado em Ciências Políticas da Universidade Católica Seton Hall, em Nova Jersey, Kennith Gonzalez trabalha para transformar seu estado, tradicionalmente democrático, em uma nova Florida, onde os republicanos são votados em massa.
De fato, ele foi escolhido como representante da vasta comunidade hispânica que reside em New Jersey, e seu trabalho se concentrará em atrair o apoio latino. Para isso, ele precisa convencer os eleitores de que cada voto realmente conta. Por isso, enfrenta o difícil desafio de mobilizar um eleitorado que, em sua opinião, compartilha valores como a família e a religião, com o Partido Republicano. Ele está convencido de que pode conseguir isso, pois afirma que, embora seja verdade que os estadounidenses gostam de viver bem, ganhar e gastar dinheiro, "os latinos gostam ainda mais".
Gonzalez, como Marco Rubio, fala espanhol perfeitamente. Aprendeu com seus pais. Ele nunca visitou Cuba, mas tem fé de que em breve poderá fazê-lo, quando a ilha for livre. Para chegar lá, vê com bons olhos a inclusão do regime cubano na lista de países patrocinadores do terrorismo.
Agora mesmo, ele quer trabalhar em seu estado, que é a casa que conhece, mas não descarta fazer carreira política na Flórida, onde tem família e onde vive uma ampla comunidade cubana.
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