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O regime cubano afirmou nesta quarta-feira que continuará enviando brigadas médicas ao exterior, apesar das novas sanções anunciadas pelos Estados Unidos contra funcionários da ilha e de outros países relacionados a este programa.
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, informou que Washington imporá restrições de visto a vários funcionários de Cuba, assim como de países africanos e de Granada, devido à sua suposta participação em um esquema de trabalho forçado associado à exportação de serviços médicos cubanos.
Em resposta, da capital cubana, o chanceler Bruno Rodríguez Parrilla qualificou as sanções de "imposição e agressão" e assegurou que "Cuba continuará prestando serviços" médicos no exterior.
Na mesma linha, o vice-chanceler Carlos Fernández de Cossío afirmou que os programas são “absolutamente legítimos” e que “salvam vidas e aliviam comunidades” em dezenas de países.
O governo cubano afirma que se trata de “missões solidárias” e não de exploração laboral, e na última sessão parlamentar revelou que mais de 24.000 trabalhadores da saúde estão atualmente cumprindo contratos no exterior.
No entanto, diversos relatos com depoimentos de médicos participantes desses programas desmentem o regime de Havana.
Washington e diversas organizações internacionais afirmam que Havana utiliza médicos e outros profissionais da saúde como uma ferramenta de influência política e fonte de renda, em condições que violam normas trabalhistas internacionais.
Em uma mensagem publicada na rede social X, Rubio acusou “funcionários cúmplices do regime cubano” de organizar e manter essas missões sob condições de trabalho coercitivas, e alertou os governos que as contratam que “deveriam pensar duas vezes” antes de continuar com esse tipo de acordos.
As medidas anunciadas pelos Estados Unidos fazem parte de uma estratégia mais ampla para pressionar o regime cubano e seus aliados, com o objetivo de desmantelar o que considera uma rede internacional de trabalho forçado.
Em junho, Washington já havia imposto restrições semelhantes contra funcionários centro-americanos ligados à contratação de médicos cubanos.
Apesar das críticas e sanções, o Governo da ilha reiterou que não renunciará a um de seus programas mais rentáveis e emblemáticos, fundamental para a entrada de divisas e para sua projeção internacional.
Perguntas frequentes sobre as sanções dos EUA a Cuba em relação às missões médicas
Por que os Estados Unidos impuseram sanções a funcionários cubanos relacionados com as missões médicas?
Os Estados Unidos impuseram sanções a funcionários cubanos devido à sua suposta participação em um esquema de trabalho forçado vinculado à exportação de serviços médicos cubanos, o que, segundo Washington, viola os padrões trabalhistas internacionais.
Quais argumentos o governo cubano utiliza para defender suas missões médicas no exterior?
O governo cubano defende suas missões médicas como "missões solidárias" que salvam vidas e aliviam comunidades em dezenas de países. Afirma que as condições são legítimas e comparáveis às práticas de cooperação internacional de outras entidades, como a ONU.
Quais denúncias existem sobre as condições de trabalho dos médicos cubanos no exterior?
As denúncias sobre as condições de trabalho dos médicos cubanos incluem retenção de passaportes, pagamento parcial de salários e restrições de movimento, o que é considerado uma forma de trabalho forçado.
Como afeta economicamente o regime cubano a exportação de serviços médicos?
A exportação de serviços médicos é uma fonte chave de receitas para o regime cubano, gerando mais de 4.900 milhões de dólares por ano, o que é crucial para sua economia e projeção internacional.
Qual é a postura de outros países em relação às missões médicas cubanas?
Alguns países, especialmente do Caribe, defendem as missões médicas cubanas por considerá-las essenciais para seus sistemas de saúde, mesmo à custa de perder o acesso ao território dos Estados Unidos devido às sanções dos EUA.
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