O advogado da Flórida, especialista em Imigração, Willy Allen defendeu nesta segunda-feira que "Cuba se buscou a proibição de viagens (travel ban)", em referência à Proclamação Presidencial dos EUA, publicada no início de junho de 2025, que limita a entrada no território americano de cubanos com vistos de não imigrante.
Em declarações à CiberCuba, Allen esclareceu que não apoia muitas das decisões da Administração Trump, mas em nenhum caso as compara com o regime cubano. "Está claro que eu não apoio este Governo (de Donald Trump) de várias formas, mas não apoio o Governo de Cuba de nenhuma forma. E até certo ponto, as ações do Governo de Cuba têm buscado reações nos Estados Unidos", disse, no programa semanal que tem às segundas-feiras, às 11h00, a partir desta plataforma.
Na opinião do advogado, o Governo de Cuba poderia fazer um esforço maior para que os cubanos não vivam na situação de precariedade extrema em que estão atualmente. "O bloqueio de viagens é o resultado de um Governo que não cuida do seu povo e que não se interessa pela condição do seu povo", insistiu.
"Eu não posso te dizer que estou totalmente oposto ao que está acontecendo, ao que o Governo dos Estados Unidos faz com o Governo de Cuba. Cuba buscou isso", concluiu Willy Allen, depois de ler a opinião de um espectador de CiberCuba que vê um tom xenofóbico em algumas das decisões da Administração Trump.
Allen respondeu-lhe de forma contundente: "Stephen Miller é o diabo", referindo-se ao subdiretor do gabinete de Políticas da Casa Branca. Ou seja, em alusão ao cérebro que elabora muitas das medidas migratórias da Administração Trump.
Este 9 de junho entrou em vigor a Proclamação Presidencial assinada por Donald Trump que impõe restrições migratórias a cidadãos de 19 países, incluindo Cuba.
A iniciativa restringe ou bloqueia a entrada de cidadãos estrangeiros de determinados países.O termo se popularizou desde a primeira presidência de Donald Trump, quando foram implementadas restrições similares.
No que diz respeito aos cubanos, a proibição de viagens afeta os pedidos de visto B-1 (negócios), B-2 (turismo), B-1/B-2 (turismo/negócios), F (estudos acadêmicos), M (estudos vocacionais) e J (intercâmbio estudantil ou profissional).
Após sua entrada em vigor, o próprio Allen alertou que "a qualquer cubano que vá pedir hoje um visto de não emigrante, será negado".
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