Sybel Alonso Baldor, vice-presidente de Operações de Rede da Empresa de Telecomunicações de Cuba (ETECSA), afirmou que estão trabalhando "incansavelmente" para "superar as limitações" e oferecer conectividade, em um contexto de crescente descontentamento popular devido às novas medidas que restringem recargas em pesos cubanos e ampliam as ofertas em dólares para arrecadar divisas.
"Estabelecer chamadas internacionais e dados móveis em Cuba é um desafio técnico complexo. ¡ETECSA trabalha incansavelmente para superar as limitações e proporcionar conectividade apesar das dificuldades!, escreveu a diretoria em sua rede social X."
En seu post, qualificou como um "desafio técnico complexo" conseguir chamadas internacionais e dados móveis para os cubanos, justificando assim o aumento das tarifas com o qual o monopólio das comunicações em Cuba pretende arrecadar dólares.
Alonso, na mesma linha de outras diretrizes da ETECSA, insistiu em supostos "benefícios" da medida, defendida pela cúpula do regime como necessária.
Em outras publicações, a vice-presidente elogiou o trabalho de sua chefe, Tania Velázquez, e compartilhou a mais recente promoção da empresa, que gerou indignação pelos altos custos e condições restritivas.
ETECSA justificou o aumento das tarifas telefônicas pela necessidade de injetar divisas na empresa para manter sua operação e enfrentar um alto endividamento. A presidente da entidade, Tania Velázquez, mencionou que o incremento permitirá "sustentar" os serviços atuais devido a dificuldades para importar tecnologia e insumos essenciais.
No obstante, a diretoria revelou que têm ganho, em média, 31 USD por cada linha de telefone ativa em Cuba. De acordo com o que foi divulgado por Velázquez, desde o final de 2024 existem cerca de 8 milhões de linhas móveis no país, o que resulta em 248 milhões de dólares anuais.
Entre as críticas que enfrenta o monopólio, os cubanos apontam a falta de transparência e prestação de contas sobre o uso de suas receitas milionárias. Muitos estudantes e especialistas questionam a gestão dos fundos e o destino das receitas, dado o deterioro dos serviços e a implementação de medidas impopulares.
Tania Velázquez, no entanto, deixou claro que não haverá retrocesso no aumento das tarifas.
Segundo Díaz-Canel, suspender as medidas equivaleria a “renunciar a receitas para manter o serviço”, e ele alertou que o país poderia enfrentar um “colapso tecnológico” se decisões impopulares não forem implementadas.
Perguntas frequentes sobre as medidas da ETECSA e seu impacto em Cuba
Por que a ETECSA aumentou as tarifas telefônicas em Cuba?
A presidenta da ETECSA, Tania Velázquez, justificou o aumento das tarifas pela necessidade de injetar divisas na empresa para manter sua operação e enfrentar um alto endividamento. A empresa enfrenta dificuldades para importar tecnologia e insumos essenciais, o que levou a priorizar ofertas em dólares para arrecadar fundos.
Como afeta o aumento das tarifas da ETECSA à população cubana?
O aumento de tarifas da ETECSA gerou uma rejeição generalizada entre a população cubana devido à elevação do custo de acesso à internet e à telefonia móvel. As novas tarifas em dólares são acessíveis apenas para aqueles que recebem remessas ou têm acesso a divisas, o que perpetua a desigualdade no acesso a serviços essenciais.
Que medidas a ETECSA tomou para comunicar suas decisões ao público?
A presidenta da ETECSA, Tania Velázquez, admitiu que a empresa não informou adequadamente sobre as restrições impostas às recargas móveis em pesos cubanos, o que provocou críticas. Ela se justificou dizendo que anunciar as medidas com antecedência poderia ter colapsado as plataformas digitais devido a uma avalanche de recargas.
Qual é a principal fonte de receita da ETECSA?
ETECSA depende em grande medida do dinheiro que os emigrantes cubanos aportam através de recargas internacionais. Essas recargas representam uma parte significativa da receita internacional da empresa e são fundamentais para financiar a operação e a aquisição de tecnologia.
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