Marco Rubio se pronuncia sobre os programas de apoio à democracia em Cuba

Marco Rubio afirmou que os programas estão em "revisão" para alcançar maior eficiência.

Marco RubioFoto © Departamento de Estado

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O secretário de Estado Marco Rubio quebrou o silêncio nesta sexta-feira sobre os programas destinados a apoiar a democracia em Cuba e o financiamento a meios de comunicação voltados para a ilha, que têm sido ameaçados pelos cortes da nova Administração americana.

Em declarações à imprensa após sua visita à Jamaica, Guiana e Suriname, o cubano-americano afirmou que alguns desses projetos "não foram cortados"; mas que muitos deles "serão reavaliados com o tempo".

"A ajuda externa bem feita pode avançar nossos interesses nacionais, proteger nossas fronteiras e fortalecer nossas associações com aliados-chave. Infelizmente, a USAID se desviou de sua missão original há muito tempo. Como resultado, as conquistas foram muito poucas e os custos foram excessivamente altos", afirmou.

Agregou que "estamos reorientando nossos programas de ajuda externa para alinhá-los diretamente com o que é melhor para os Estados Unidos e nossos cidadãos. Estamos continuando com programas essenciais que salvam vidas e realizando investimentos estratégicos que reforçam nossos parceiros e nosso próprio país".

"Em última instância, buscamos programas eficazes", explicou Rubio, esclarecendo que certos programas foram "reiniciados e estão sendo implementados", enquanto outros foram suspensos por não gerarem o retorno esperado de investimento.

"Esse dinheiro poderia ser reutilizado para um programa que funcione melhor pelo mesmo custo", afirmou.

O secretário também foi questionado sobre os cortes nos meios financiados pelos Estados Unidos, como o Escritório de Transmissões para Cuba, que administra Radio Martí e Martí Noticias.

"Entendo que Martí, juntamente com outras entidades, começou a retransmitir hoje. Acredito que a ordem executiva exigia que todas essas agências fossem reduzidas ao mínimo legal", comentou.

Afirmou que o objetivo final é reformar essas agências para que proporcionem notícias que favoreçam e promovam o interesse nacional dos Estados Unidos; no entanto, esclareceu que o Departamento de Estado não controla diretamente essas entidades.

"Temos muitos meios de comunicação independentes, incluindo todos vocês, e nos interessam os meios que apresentam o ponto de vista dos Estados Unidos a partir da nossa perspectiva de política externa. Portanto, essa revisão será contínua, mas obviamente isso está fora do Departamento de Estado. Eu não os controlo", expressou.

Em relação à situação dos médicos cubanos que trabalham no exterior, Rubio criticou o programa de missões médicas cubanas, considerando-o um esquema de "trabalho forçado", onde os médicos não recebem um salário justo.

"O governo cubano decide quanto, se é que há algo, dar a eles; retiram os passaportes; basicamente, operam como mão de obra forçada em muitos lugares", expressou Rubio.

No entanto, o Primeiro-Ministro da Jamaica, Andrew Holness, defendeu os médicos da ilha, destacando sua contribuição para o sistema de saúde do país e afirmando que eles se beneficiam de acordo com as leis trabalhistas da Jamaica.

A declaração de Rubio sobre os programas em Cuba ocorre no contexto de uma série de ajustes na política americana em relação à ilha, que incluem a ampliação das restrições de visto para pessoas envolvidas no programa de exportação de mão de obra cubana.

Os meios independentes da ilha que recebem apoio financeiro de algumas entidades estadunidenses foram ameaçados pelas novas medidas de Trump.

Os cubanos aguardavam ansiosamente as declarações de Rubio, que tem sido um político próximo aos meios independentes da nação caribenha e ao exílio.

Perguntas frequentes sobre os programas de apoio à democracia em Cuba e as missões médicas cubanas

O que Marco Rubio disse sobre os programas de apoio à democracia em Cuba?

Marco Rubio ressaltou que alguns programas de apoio à democracia em Cuba não foram cortados, mas outros serão reavaliados com o tempo. Seu objetivo é buscar programas eficazes, suspendendo aqueles que não gerem o retorno esperado do investimento.

Qual é a postura de Marco Rubio sobre as missões médicas cubanas?

Marco Rubio criticou as missões médicas cubanas, classificando-as como um esquema de "trabalho forçado". Alega que os médicos cubanos não recebem um salário justo e são submetidos a condições de exploração laboral, como a retenção de passaportes e salários.

Quais mudanças estão ocorrendo no financiamento de meios independentes em Cuba?

El Departamento de Estado dos EUA restabeleceu certos contratos e subsídios para meios de comunicação independentes cubanos, embora muitos programas ainda estejam em revisão ou tenham sido cortados. A incerteza persiste sobre o futuro do financiamento.

Como o governo cubano tem reagido às restrições de vistos impostas pelos EUA?

O governo cubano condenou as restrições de vistos, classificando-as como uma "agressão" e alegando que afetam a população que depende dos serviços de saúde cubanos em outros países. Acusam Marco Rubio de priorizar sua agenda pessoal em detrimento dos interesses dos EUA.

Qual é o impacto das sanções dos EUA sobre as missões médicas cubanas no Caribe?

As sanções dos EUA visam impedir o que consideram ser a exportação da mão de obra cubana em condições de exploração. No entanto, vários líderes caribenhos defendem a cooperação médica com Cuba, considerando-a essencial para os seus sistemas de saúde.

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