Os EUA nomeiam Rosa María Payá para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos

"Rosa María Payá é uma defensora da democracia, líder de direitos humanos e especialista em política latino-americana de prestígio internacional", afirmou o Departamento de Estado.


O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira a nomeação da ativista cubana Rosa María Payá Acevedo como candidata para integrar a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), órgão autônomo da Organização dos Estados Americanos (OEA).

"Rosa María Payá é uma defensora da democracia, líder de direitos humanos e especialista em política latino-americana de prestígio internacional", expressou o Departamento de Estado em um comunicado oficial.

A candidatura sublinha o apoio de Washington ao trabalho que a ativista cubana tem realizado na promoção dos direitos humanos, da liberdade e da governança democrática no hemisfério ocidental.

Um legado familiar de luta pela democracia

Filha do falecido opositor Oswaldo Payá Sardiñas, premiado com o Prêmio Sájarov e morto em circunstâncias nunca oficialmente esclarecidas, Rosa María tem continuado seu legado com uma "determinação sem igual", destacou o Departamento de Estado.

Payá é fundadora do movimento Cuba Decide, que promove um plebiscito vinculativo para que os cubanos possam escolher seu futuro político de forma livre e democrática. Ela também dirige a Fundação para a Democracia Panamericana, a partir da qual colabora com legisladores de vários países em favor da estabilidade e da segurança regional.

Entre os reconhecimentos que recebeu estão o Prêmio Morris Abram de Direitos Humanos (2019) e o Prêmio ao Valor da Sociedade do Sentido Comum (2022).

Reação da candidata: "Sinto-me profundamente honrada"

Após o anúncio, Rosa María Payá agradeceu a nomeação por meio de sua conta no Instagram, onde expressou seu compromisso com os princípios da CIDH.

"Sinto-me profundamente honrada pela nomeação dos Estados Unidos para servir na Comissão Interamericana de Direitos Humanos, uma instituição vital e independente dedicada a proteger os direitos e a dignidade de todas as pessoas em toda a América", escreveu.

Também agradeceu ao secretário de Estado, Marco Rubio, por apoiar sua candidatura e reafirmou sua disposição de "avançar na missão de defender os direitos humanos na região".

As eleições para renovar os membros da CIDH ocorrerão no próximo dia 27 de junho, durante a Assembleia Geral da OEA que terá lugar em Antígua e Barbuda.

Chamada à ação contra as ditaduras

A ativista tem sido uma figura constante nos fóruns hemisféricos. Em sua intervenção na Assembleia Geral da OEA em 2024, Payá pediu aos Estados membros que se unissem contra os regimes dictatoriais de Cuba, Nicarágua e Venezuela.

"É hora de que os Estados das Américas se unam contra os ditadores. Convidamos vocês a exigir às ditaduras que eliminem todas as formas de violência política e a exigir a imediata e incondicional liberação de todos os prisioneiros políticos", declarou.

Voz ativa nos meios de comunicação

Além de seu trabalho institucional, Rosa María Payá apresenta o programa "Tú Decides", transmitido pela Radio Martí, onde promove o ativismo pacífico como uma forma de reivindicar os direitos violados pelo regime cubano e outras autocracias da região.

A nomeação de Payá na CIDH representa um passo significativo na visibilidade da sociedade civil cubana nos organismos internacionais e fortalece a aposta dos Estados Unidos em promover perfis com trajetória de oposição aos regimes autoritários na América.

Perguntas frequentes sobre a nomeação de Rosa María Payá à CIDH e seu ativismo

Quem é Rosa María Payá e por que é relevante sua nomeação à CIDH?

Rosa María Payá é uma ativista cubana e defensora dos direitos humanos, conhecida por sua luta pela democracia em Cuba. A nomeação de Payá para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) pelos Estados Unidos é significativa porque representa um apoio ao seu trabalho na promoção dos direitos humanos e da governança democrática na América Latina. Seu ativismo é uma continuação do legado de seu pai, Oswaldo Payá, um destacado opositor do regime cubano.

O que é a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) e qual é a sua função?

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) é um órgão autônomo da Organização dos Estados Americanos (OEA) responsável por promover e proteger os direitos humanos no continente americano. Sua função principal é monitorar a situação dos direitos humanos nos países membros, receber petições e casos de violações, e emitir recomendações e medidas cautelares para a proteção das vítimas. A CIDH desempenha um papel crucial na defesa dos direitos fundamentais na região.

Como tem sido a trajetória de Rosa María Payá na defesa dos direitos humanos?

Rosa María Payá tem sido uma figura destacada na defesa dos direitos humanos e da democracia em Cuba e na América Latina. Ela é fundadora do movimento Cuba Decide, que promove um plebiscito vinculante para que os cubanos possam escolher seu futuro político livremente. Além disso, dirige a Fundação para a Democracia Pan-Americana e tem colaborado com legisladores de vários países para promover a estabilidade e a segurança regional. Recebeu reconhecimentos como o Prêmio Morris Abram de Direitos Humanos e o Prêmio ao Valor da Sociedade do Sentido Comum.

Qual tem sido a reação de Rosa María Payá diante de sua nomeação à CIDH?

Rosa María Payá expressou sentir-se "profundamente honrada" por sua nomeação à CIDH e reafirmou seu compromisso com os princípios da comissão. Agradeceu o apoio do secretário de Estado, Marco Rubio, e reiterou sua vontade de avançar na missão de defender os direitos humanos na região. Payá mostrou-se disposta a servir nesta instituição vital para a proteção dos direitos e da dignidade das pessoas na América.

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