Jenni Taboada, mãe do preso político cubano Duannis Dabel León Taboada, se declarou em protesto nesta quinta-feira em frente à prisão Combinado del Este em Havana, após ter negado o acesso para visitar seu filho, que está em greve de fome há mais de uma semana.
"Eu me declaro plantada fora do centro penitenciário Combinado do Leste até que me deixem ter um encontro pessoal com meu filho", afirmou a mãe em uma transmissão ao vivo nas redes sociais.
Duannis, de 24 anos, foi condenado a 14 anos de prisão por participar dos protestos antigovernamentais de 11 de julho de 2021. Segundo denunciou sua mãe, ele se encontra extremamente fraco, não recebeu atendimento médico e permanece em greve de fome desde 10 de julho como forma de protesto por sua situação carcerária.
" sua vida é mais importante do que tudo neste mundo. Ele está preso injustamente", afirmou Taboada. A mulher pediu que a deixassem tentar convencer seu filho a interromper a greve: "Deixem-me tentar salvar meu filho", suplicou.

Em declarações divulgadas pelo Observatório Cubano de Direitos Humanos (OCDH), Jenni relatou entre soluços a angústia que vive: “Meu menininho é bom, o têm como refém. Não me deixam vê-lo, não me deixam fazer nada”.
A mãe afirma que soube do início da greve três dias depois e que desde então as autoridades apenas têm dado evasivas.
A situação médica de Duannis é considerada crítica. Organizações como o OCDH e o Observatório de Direitos Culturais alertaram que ele sofre de problemas renais anteriores, o que agrava o risco vital diante de uma prolongada falta de alimentação.
A condenação por sedição que pesa sobre ele era inicialmente de 21 anos e, posteriormente, foi reduzida para 14 após um processo de cassação. Ele foi acusado por supostos danos a uma viatura policial, embora sua família afirme que ele apenas exerceu seu direito de se manifestar pacificamente.
A mãe responsabilizou o Estado cubano pela integridade de seu filho. O caso de Duannis León Taboada representa, para muitos cubanos, o rosto de uma juventude que levantou a voz contra o regime e acabou atrás das grades. E o de uma mãe que, apesar da dor e do medo, continua lutando para salvar seu filho.
Perguntas frequentes sobre a situação dos presos políticos em Cuba
Quem é Duannis Dabel León Taboada e por que está na prisão?
Duannis Dabel León Taboada é um preso político cubano encarcerado por participar nas protestas de 11 de julho de 2021. Foi condenado inicialmente a 21 anos de prisão por sedição, mas sua sentença foi reduzida para 14 anos após uma apelação. Seu caso ganhou notoriedade devido à sua greve de fome em protesto pelas condições de seu encarceramento.
Por que Duannis León Taboada está em greve de fome?
Duannis León Taboada iniciou uma greve de fome no Combinado do Leste como forma de protesto por sua situação carcerária, exigindo sua liberdade diante do que considera uma condenação injusta. Além disso, seu estado de saúde é crítico devido a problemas renais anteriores que se agravam com a falta de alimentação.
Qual é a situação de saúde de Duannis León Taboada durante sua greve de fome?
A situação de saúde de Duannis León Taboada é crítica, uma vez que ele sofre de problemas renais anteriores que o tornam extremamente vulnerável aos efeitos de sua longa greve de fome. Apesar de seu estado grave, ele não recebeu atendimento médico adequado, o que aumenta o risco para sua vida.
Quais ações a mãe de Duannis tomou para ajudar seu filho?
Jenni Taboada, mãe de Duannis, declarou-se em protesto em frente à prisão para exigir um encontro com seu filho e tentar convencê-lo a abandonar a greve de fome. Ela responsabilizou o Estado cubano pela integridade de seu filho e solicitou ajuda internacional para pressionar pela sua libertação.
Qual é a postura das organizações de direitos humanos sobre o caso de Duannis?
Organizações de direitos humanos como o Observatório Cubano de Direitos Humanos manifestaram sua preocupação com o estado de saúde de Duannis e denunciaram a falta de atenção médica adequada. Essas organizações instaram o regime cubano a garantir seu bem-estar e classificaram sua condenação como um exemplo de repressão política na ilha.
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