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O Departamento de Estado iniciou nesta sexta-feira a demissão de mais de 1.300 funcionários, como parte de uma drástica reorganização estrutural promovida pela administração Trump.
A medida, que inclui a eliminação de centenas de cargos, gerou fortes críticas por parte de diplomatas e especialistas em relações exteriores, que alertam sobre um enfraquecimento da capacidade dos Estados Unidos de enfrentar ameaças internacionais.
Segundo informou a agência AP, um alto funcionário do departamento, foram enviadas notificações de demissão a 1.107 servidores públicos e 246 membros do serviço exterior com atribuições em território americano.
Os últimos serão imediatamente colocados em licença administrativa por 120 dias antes de sua desvinculação formal.
Os cortes fazem parte de uma estratégia mais ampla da administração Trump para reduzir o tamanho do governo federal, um objetivo que inclui a eliminação total de agências como a USAID e o Departamento de Educação.
No caso do Departamento de Estado, a reorganização afetará mais de 300 escritórios, priorizando o fechamento de unidades consideradas redundantes ou ideologicamente incompatíveis com as políticas do governo.
Em uma declaração de Kuala Lumpur, o secretário de Estado, Marco Rubio, defendeu a medida como uma "ação deliberada" para tornar o funcionamento do departamento mais eficiente.
"Alguns desses são postos que estão sendo eliminados, não pessoas", disse, referindo-se a vagas e aposentadorias antecipadas. Assegurou que a intenção não é se desfazer do pessoal, mas otimizar os recursos.
No entanto, a decisão gerou alarmes entre setores diplomáticos. A Academia Americana de Diplomacia qualificou a reestruturação como um "ato de vandalismo" que coloca em risco a capacidade operacional do país em um momento crítico da política internacional.
"Desmantelar o conhecimento institucional enfraquece nossa resposta a ameaças estratégicas e conflitos em andamento", afirmou a organização.
A Associação do Serviço Exterior dos Estados Unidos, o sindicato que representa os diplomatas, também questionou a decisão e pediu sua suspensão. Seu presidente, Tom Yazdgerdi, afirmou que demitir pessoal dessa forma "coloca em risco os interesses nacionais".
Enquanto as ações legais contra os cortes continuam, uma decisão recente da Corte Suprema permitiu que a administração avançasse com o processo.
Embora os desligamentos tenham sido menores do que se temia inicialmente, representam uma das maiores reestruturações do Departamento de Estado em décadas.
Entre os programas mais afetados estão aqueles relacionados a direitos humanos, imigração, promoção da democracia e assistência a refugiados.
Perguntas frequentes sobre a reestruturação do Departamento de Estado impulsionada por Trump
Por que o Departamento de Estado demitiu mais de 1.300 empregados?
O desligamento de mais de 1.300 funcionários do Departamento de Estado faz parte de uma drástica reorganização estrutural promovida pela administração Trump. Essa medida busca reduzir o tamanho do governo federal e tornar o funcionamento do departamento mais eficiente. Segundo o secretário de Estado, Marco Rubio, essa reestruturação é necessária para otimizar os recursos e responder aos desafios globais atuais.
Quais consequências essa reorganização poderia ter na política externa dos Estados Unidos?
A reorganização do Departamento de Estado pode ter consequências significativas na capacidade dos Estados Unidos de enfrentar ameaças internacionais, segundo diplomatas e especialistas. A eliminação de programas relacionados a direitos humanos, imigração e assistência a refugiados pode enfraquecer a influência diplomática do país em um contexto internacional volátil.
Como a comunidade diplomática reagiu aos desligamentos no Departamento de Estado?
A comunidade diplomática reagiu com preocupação e críticas diante das demissões. Organizações como a Academia Americana de Diplomacia e a Associação do Serviço Exterior dos Estados Unidos qualificaram a reestruturação como um "ato de vandalismo" que compromete os interesses nacionais e a capacidade operativa do país.
Quais programas do Departamento de Estado serão mais afetados pela reestruturação?
Os programas mais afetados pela reestruturação do Departamento de Estado incluem aqueles relacionados a direitos humanos, imigração, promoção da democracia e assistência a refugiados. Essas áreas são vistas como não alinhadas com as prioridades atuais da administração, o que gerou preocupação sobre o impacto na política externa dos Estados Unidos.
Quais outras agências e departamentos do governo federal foram afetados por medidas semelhantes de redução de pessoal?
Além do Departamento de Estado, outras agências e departamentos federais também foram afetados por medidas de redução de pessoal sob a administração Trump. A USAID foi fechada, e demissões foram iniciadas na FAA, na NOAA e no Departamento de Saúde, entre outros. Essas ações fazem parte de uma estratégia mais ampla para reduzir a máquina governamental e redirecionar recursos para novas prioridades.
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