O MININT mobiliza forças em Santiago de Cuba por cartazes contra Díaz-Canel

Nos últimos anos, Cuba tem sido palco de múltiplas expressões de descontentamento popular manifestadas através de cartazes e pichações em espaços públicos.

Cartazes contra Díaz-CanelFoto © Facebook/Yosmany Mayeta Labrada

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O Ministério do Interior (MININT) desencadeou uma forte operação de segurança em Santiago de Cuba após o surgimento de cartazes antigovernamentais no povoado de “El Oasis”, localizado em Siboney, na costa da cidade.

Segundo reportou o comunicador independente Yosmany Mayeta, as mensagens escritas nos cartazes expressavam o descontentamento popular com frases como “Até quando sem casa”, “Díaz-Canel sem casa” e “Abaixo a ditadura”, consignas que têm sido utilizadas em outras protestas contra o regime cubano.

Captura de Facebook/Yosmany Mayeta Labrada

A resposta das autoridades não demorou a chegar. Testemunhas indicam que a zona foi militarizada e que peritos forenses foram enviados à área para fotografar os cartazes e coletar impressões digitais, em um desdobramento similar ao de uma cena de crime.

Além disso, a zona costeira foi isolada para impedir que os cidadãos tirassem fotografias, mas algumas imagens da operação conseguiram ser divulgadas nas redes sociais.

"Cerraram a área, não deixavam que os carros parassem, mas as pessoas sempre encontram uma maneira de obter provas", comentou Mayeta, que compartilhou imagens do local em suas plataformas.

Nas imagens compartilhadas por Mayeta, pode-se apreciar a estrutura onde apareceram os cartazes antes de serem intervenidos por agentes do MININT e trabalhadores, que tentaram cobri-los com tinta.

Nos últimos anos, Cuba tem sido palco de múltiplas expressões de descontentamento popular manifestadas através de cartazes e grafites em espaços públicos.

Essas ações, direcionadas contra o governante Miguel Díaz-Canel, o Partido Comunista e a Revolução, refletem o crescente descontentamento da população devido à crise econômica, aos apagões e à repressão governamental:

Este acontecimento ocorreu horas depois de uma manifestação massiva na cidade de Cárdenas, onde os moradores saíram às ruas com panelas, juntando-se a protestos em várias cidades de Cuba.

Essas manifestações ocorreram após longos apagões que afetaram a localidade, refletindo o descontentamento dos residentes.

Em Bauta, a pintura foi realizada na agência do Banco Popular de Ahorro depois que os moradores suportaram mais de oito horas sem eletricidade.

Perguntas frequentes sobre as manifestações e a repressão em Cuba

O que gerou o desdobramento do MININT em Santiago de Cuba?

O MININT implementou um forte dispositivo de segurança em Santiago de Cuba após o aparecimento de cartazes antigovernamentais na localidade de “El Oasis”, que expressavam descontentamento popular com frases como “Até quando sem casa” e “Abaixo a ditadura”.

Como reagem as autoridades cubanas diante das protestas e manifestações públicas?

As autoridades cubanas costumam reprimir essas expressões de descontentamento utilizando forças de segurança, peritos e pessoal especializado para identificar e encarcerar os manifestantes, como foi visto em diversos incidentes relatados na ilha.

Por que as protestas estão aumentando em Cuba?

As protestas em Cuba aumentam devido à grave crise econômica que afeta o país, caracterizada pela escassez de alimentos, apagões prolongados e uma crescente precariedade nos serviços básicos. A falta de respostas efetivas do governo agrava o descontentamento popular.

Que medidas o governo cubano tomou diante da crise de abastecimento?

O governo cubano implementou medidas como a redução do peso do pão da cesta básica e a venda em dias alternados para enfrentar a falta de insumos básicos, embora essas medidas não tenham resolvido a crise de abastecimento no país.

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