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Termelétrica Guiteras vai se conectar ao SEN no dia 18 de março, segundo ministro da Energia

“Embora para o futuro a situação dos combustíveis seja ligeiramente melhor, não haverá estabilidade como no ano anterior”, justificou De la O Levy, insistindo que em 2023 houve uma alegada estabilidade na produção de eletricidade.


Vicente de la O Levy, chefe de Energia e Minas no governo de Miguel Díaz-Canel, garantiu que a termelétrica de Matanzas, Antonio Guiteras, encerrará sua paralisação técnica e sincronizará o sistema eletroenergético nacional (SEN) na próxima segunda-feira, 18 de março.

Isto foi afirmado em um reportagem do Notícias da televisão nacional, em que comemorou que o maior termoelétrica do país está cumprindo seu cronograma após se desligar do SEN no dia 29 de fevereiro para realizar manutenções que não podem ser adiadas.

Reconhecendo que a decisão de parar foi tomada num momento complicado, com elevados défices de geração que provocam perdas diárias e prolongadas apagões, o ministro sublinhou que era fundamental fazer a paragem.

“Tivemos que tomar a decisão, vamos tirar o Guiteras por 17 dias e até agora o programa está indo bem. Deve entrar no dia 18 deste mês, e então, com a situação do combustível, teremos uma situação melhor (sic)”, disse De la O Levy.

A população se pergunta o que está acontecendo com a termelétrica de Matanzas, que não para de sair do SEN para trabalhos de manutenção. Salió tres días a finales de enero, otros tres días a finales de diciembre, otros tres a mediados de ese mes, otros tres a principio, tres días más a principios de noviembre, en octubre, varias veces en septiembre, y así… hasta perder a conta.

“Se não tirássemos Guiteras para mantê-lo, em qualquer caso a situação do déficit de combustível continua, mas sabemos e temos previsões das soluções que estamos tendo com combustível. Embora a situação dos combustíveis seja ligeiramente melhor no futuro, não haverá estabilidade como no ano anterior”, justificou De la O Levy, que insiste que em 2023 houve uma alegada estabilidade na produção de eletricidade.

Os operadores da gigante Matanzas priorizam a solução dos defeitos diagnosticados na área térmica. De acordo com o relatório do NTV, peças e componentes da caldeira estão sendo substituídos por outros fabricados em Cuba, com matéria-prima importada.

“Se não repararmos Guiteras, aumenta o risco de que no verão, com mais procura, com mais consumo, Guiteras nos deixe”, alertou o ministro.

Na véspera, De la O Levy prometeu que a situação criada pela aguda crise energética que o país atravessa, com apagões intermináveis, vai melhorar “no futuro”.

Sem especificar a margem de melhoria nem o prazo para a sua previsão, o ministro responsável pela infra-estrutura eléctrica do país, utilizou os seus dotes de adivinhação para profetizar uma mudança na terrível situação sofrida pela população cubana.

“Sabemos que o impacto que está a acontecer à população é um impacto elevado, reconhecemos isso, e a tendência de ontem foi melhor que a do dia anterior, e hoje estamos a estimar que a condição é melhor do que a que tivemos ontem”, explicou este Segunda-feira o engenheiro Lázaro Guerra Hernández, diretor técnico da União Elétrica de Cuba (UNE).

Os líderes e “quadros” do regime cubano continuam a usar slogans e retórica vazia para justificar a crise energética e sistémica causada pelo desgoverno de Díaz-Canel. Como se a população não soubesse fazer contas e tivesse uma memória de peixe, condições essenciais para acreditar neste momento na sua propaganda.

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