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Unidade Nuevitas 6 fora de serviço menos de 24 horas após a sincronização com o SEN

O imprevisto ocorre após 77 dias de paralisação técnica para manutenção que, segundo a imprensa oficial, “se destacou pela preparação, planejamento, controle e utilização dos recursos disponíveis”.


A Unidade 6 da Usina Termelétrica (CTE) “Diez de Octubre” de Nuevitas, Camagüey, voltou a ficar fora de serviço menos de 24 horas depois de ser sincronizada com o Sistema Elétrico Nacional (SEN). Essa unidade estava em parada técnica para manutenção há 77 dias..

A parte da União Elétrica de Cuba (A) correspondente a esta terça-feira indicou que Unidade 6 do CTE Nuevitas foi danificada. No entanto, o National Television News (NTV) nesta segunda-feira reportou a sua sincronização ao SEN após “ações corretivas”.

“A unidade 6 da termelétrica entrega atualmente mais de 90 Mega Watts, de forma estável, para Cuba. Esse bloco recebeu ações corretivas, principalmente na área de caldeiras. A paralisação também possibilitou solucionar falhas em equipamentos automáticos e elementos de turbinas”, disse o NTV em suas redes sociais.

Da mesma forma, o relatório destacou que “embora não cubra integralmente o défice de capacidades de produção enfrentado pela UNE, o restabelecimento da máquina 6 permite reduzir os tempos de apagão e aumentar a estabilidade do sistema, nas províncias Central e Oriental do país." .

“O bloco repõe progressivamente suas cobranças. Os especialistas destacaram que após a sincronização os parâmetros da máquina expressam valores positivos. A caldeira era prioridade para manutenção. As autoridades destacaram a substituição de elementos que provocavam saídas constantes da unidade”, destacou segunda-feira o jornalista oficial. Bernardo Espinosa.

O engenheiro Orlando Anazco Ponce de León, diretor de brigada da Companhia de Manutenção de Usinas Nuevitas, destacou que “todo o economizador foi trocado”. A peça foi fabricada por operadores do CTE Felton de Holguín e a montagem foi realizada por trabalhadores de Nuevitas.

“Também trabalhamos em uma grande porcentagem do aquecedor de ar regenerativo que estava em péssimas condições. E acompanhando as obras durante os 77 dias que estavam previstos para manutenção. Lá trabalhavam em dutos, em juntas, em comportas…” acrescentou o gestor.

Segundo Espinosa, nos dois meses e meio de paralisação para manutenção, “oficinas especializadas da Companhia de Manutenção de Usinas da capital, em conjunto com engenheiros e técnicos da termelétrica, assumiram procedimentos de alta complexidade e alta precisão”.

“Reparamos seis rolamentos de turbinas que também já pediam reparo. No caso dos CAR (Aquecedores de Ar Regenerativos), que é outro dos elementos que sofreu forte intervenção, foi possível realizar um nível significativo de reparações e trocar todos os cestos do CAR, conseguindo montar todos os cestos novos e a vedação do CAR completo na unidade”, explica o engenheiro Jorge Luis Maceira Esteva, diretor geral do CTE Nuevitas.

De acordo com tese do engenheiro Ariel Cogollos Izaguirre, a corrosão e erosão dos cestos deve-se à deterioração desigual provocada pela ação dos gases de combustão e pelo campo não estacionário de temperaturas que se estabelece no CAR como consequência do seu funcionamento.

Esta deterioração desigual provoca um desequilíbrio no peso dos cestos e favorece a falha por fadiga. A utilização de petróleo bruto 100% nacional como combustível em Nuevitas não ajuda a prolongar o efeito dos reparos.

“Também intervieram em uma válvula de regulação, a válvula de regulação número 3 da turbina que estava danificada. E foi feito um trabalho no sistema regulatório e na sua limpeza”, acrescentou o engenheiro. Esmeraudy Labañino, Especialista em automação da CTE Nuevitas.

Segundo a comunicação social oficial, “as ações de manutenção realizadas enquadram-se no programa de intervenção para recuperação de energia, elevação dos parâmetros de fiabilidade operacional e redução de interrupções imprevistas”.

Bernardo Espinosa sublinhou que na intervenção realizada “destacaram-se a preparação, o planeamento, o controlo e a utilização dos recursos disponíveis, nacionais e importados, com base na geração de base do país”.

Menos de 24 horas após a transmissão da reportagem, o jornalista que a realizou entrevistou o engenheiro. Lázaro Guerra Hernández, diretor técnico da estatal, que relatou a saída do sistema da unidade 6 de Nuevitas.

Sem dar detalhes sobre esta saída, o gestor continuou com a sua ladainha de avarias e manutenções sem que Espinosa se lembrasse de onde estivera no dia anterior ou por que.

Na sua presença, o diretor da UNE omitiu informações sobre o ocorrido na unidade 6 de Nuevitas, enquanto o jornalista recomendou que a população “se mantenha informada através dos canais oficiais”.

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