Aconteceu neste domingo, Dia das Mães em Cuba, em que Os apagões diminuíram o já baixo espírito comemorativo de milhões de crianças.
Não foi um jornalista qualquer, pró-governo, mas sim o encarregado de cobrir a central termoeléctrica de Guiteras, em Matanzas, e, por extensão, as notícias relacionadas com a União Eléctrica Cubana (UNE) e o sistema electroenergético nacional.
Era sobre José Miguel Solís, um veterano no velho ofício do “jornalismo revolucionário”, aquele que disfarça dados e realidades com a mesma alegria que “transforma retrocessos em vitórias”.
O repórter de Rádio Rebelde na Atenas de Cuba atirou um dardo à empresa estatal socialista que dirige Alfredo López Valdés, do qual tantos épicos foram seu propagandista homérico.
O dia começou com otimismo para Solís. “A UNE confirma que durante a madrugada o serviço não será afetado. Bom presságio para o Dia das Mães", indicou em seu redes sociais.
Porém, algo deu errado no caminho e a UNE causou um apagão em Matanzas como um Cavalo de Tróia.
Por volta das 23 horas de domingo, a luz voltou e os nervos de Solís começaram a tremer como as forças de Heitor quando Aquiles baixou o catao. “11h02... a luz acendeu. TIC Tac. Veremos então.”
“Infelizmente as previsões não se cumpriram”, concluiu o jornalista oficial uma hora depois, mais uma vez mergulhado na escuridão.
Seu colega Jesus Álvarez Lopez, quem não se importa com o que eu digo CiberCuba, também saltou com os apagões do Dia das Mães. “Não vale a pena falar sobre blackouts ou iluminação porque 'não diga nada que não seja mais importante que o silêncio'”, disse ele em seu redes sociais.
Sua frase deve servir de lembrete para Solís, para quem um seguidor deixou um comentário (capturado em Facebook pelo usuário Edmundo Dantes Júnior) com uma citação do Dia das Mães de 2023: “Daqui a um ano as coisas vão melhorar ou vamos destruir o nosso sistema e, acredite, o custo será alto. Ainda tenho esperanças".
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