Trump adverte o que acontecerá se os EUA não recuperarem o Canal do Panamá

Suas declarações coincidiram com a visita oficial ao Panamá do secretário de Estado, Marco Rubio.

Donald Trump (Imagem de referência)Foto © Flickr/Gage Skidmore

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reiterou sua intenção de "recuperar o Canal do Panamá", advertindo que, caso isso não ocorra, “algo muito grave vai acontecer”.

Suas declarações coincidiram com a visita oficial ao Panamá do secretário de Estado, Marco Rubio.

Trump acusou novamente o Panamá de "violar os tratados", referindo-se aos Acordos Torrijos-Carter assinados em 7 de setembro de 1977 entre o então presidente panamenho, Omar Torrijos, e seu homólogo americano, Jimmy Carter.

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Esses acordos estabeleceram a transferência progressiva do canal e de suas zonas adjacentes do controle estadunidense para o panamenho, pondo fim a quase um século de administração norte-americana sobre a via interoceânica.

Além disso, o mandatário insistiu que "a China está administrando o Canal, que nunca foi entregue aos chineses, mas sim de forma imprudente aos panamenhos", uma afirmação que foi categoricamente desmentida pelo Panamá.

El presidente panameño, José Raúl Mulino, reiterou neste domingo que a soberania do país "não está em questão", e assegurou que não percebe nenhuma "ameaça real" de intervenção militar por parte dos EUA.

Por sua parte, a Autoridade do Canal do Panamá informou a Rubio que trabalhará com a marinha americana para "otimizar a prioridade no trânsito de seus navios" através da via interoceânica.

Este compromisso representa o primeiro resultado tangível da visita do secretário de Estado, que expressou seu descontentamento com a situação atual e exigiu "mudanças imediatas" na gestão do Canal.

“O secretário Rubio deixou claro que este ‘statu quo’ é inaceitável e que, na falta de mudanças imediatas, os Estados Unidos teriam que tomar as medidas necessárias para proteger seus direitos sob o Tratado,” afirma um comunicado do Departamento de Estado.

Mulino, por sua vez, esclareceu que cabe à Autoridade do Canal responder às preocupações da administração Trump sobre a suposta influência chinesa na região.

Em relação aos dois portos do Canal operados por uma empresa chinesa, o mandatário panamenho informou a Rubio que atualmente está sendo realizada uma auditoria sobre seu funcionamento e pediu que se aguardasse os resultados antes de tomar qualquer decisão.

Ainda não está claro se a ameaça de Trump de retomar o Canal responde à sua insatisfação com os resultados da viagem de Rubio.

No entanto, suas declarações aumentaram a tensão em uma relação historicamente marcada pela disputa sobre a soberania da via interoceânica.

Perguntas frequentes sobre a crise diplomática entre os Estados Unidos e o Panamá pelo Canal do Panamá

Por que Donald Trump ameaça recuperar o Canal do Panamá?

Donald Trump ameaça recuperar o Canal do Panamá devido ao seu desacordo com as tarifas atuais para o trânsito de barcos, que considera "absurdas" e "uma absoluta farsa". Além disso, Trump expressa preocupação com a influência da China na via e questiona a capacidade do Panamá de garantir uma operação segura do canal.

Qual é a influência da China no Canal do Panamá segundo Trump?

Donald Trump expressou preocupação com a influência da China no Canal do Panamá e sugere que esse fator poderia comprometer a segurança e o controle da via interoceânica. No entanto, não foram fornecidos detalhes específicos sobre como essa influência se manifesta.

Qual tem sido a resposta do Panamá às declarações de Trump sobre o Canal?

O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, respondeu com firmeza afirmando que o canal é do Panamá e continuará a ser. Mulino defendeu a soberania e independência de seu país, destacando que a administração panamenha tem garantido uma operação eficiente e rentável do canal.

Como os Estados Unidos reagiram à gestão do Canal do Panamá pela China?

Os Estados Unidos, através do Secretário de Estado Marco Rubio, manifestaram seu compromisso em frear a crescente influência chinesa no Canal do Panamá. Durante sua visita ao Panamá, Rubio exigiu mudanças imediatas na gestão do canal para contrabalançar a presença chinesa na região.

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