Marrero desafia os EUA: "Eles têm as armas, mas lhes falta disposição."

Marrero assegura que há disposição para a defesa militar em Cuba e que nos Estados Unidos não.


O primeiro-ministro, Manuel Marrero, assegurou que o Exercício Bastión Militar nas universidades cubanas transmitirá um aviso claro à nova Administração do presidente Donald Trump.

"Serve para transmitir uma mensagem ao governo dos Estados Unidos, de que, como sempre se disse, eles estão preparados, têm os equipamentos e armamentos mais modernos, mas lhes falta o que nos sobrou, que é a disposição para combater e morrer, para defender a pátria", expressou Marrero.

No exercício participaram estudantes da Universidade de Ciências Informáticas (UCI) e da Universidade Tecnológica de Havana ¨José Antonio Echeverría¨ (Cujae). Eles foram treinados por oficiais das Forças Armadas de Cuba para aprender a disparar com armas de combate.

"Desde hoje até 24 de janeiro, será realizado em toda Cuba o Exercício Estratégico Bastión 2024, com o objetivo de elevar a disposição do país para a defesa e a preparação das tropas e da população, a fim de enfrentar as diferentes ações do inimigo", disse Marrero no X.

Desde a chegada de Donald Trump à Casa Branca nesta segunda-feira, a ação do regime cubano nas redes sociais tem se concentrado em mostrar uma suposta preparação militar para enfrentar, segundo declarações de Miguel Díaz-Canel, o imperialismo.

Nas imagens divulgadas, os estudantes aparecem utilizando fuzis russos AK-47 e lançando granadas.

"Enquanto existir o imperialismo, o Partido, o Estado e o Povo darão a máxima atenção aos serviços de defesa. É um princípio inviolável", escreveu o governante em X.

El Bastión se produce en un momento de crescente rejeição ao serviço militar obrigatório em Cuba, após a morte de nove adolescentes pela suposta manipulação de armamento antigo em uma unidade militar.

Este fato gerou críticas ao Estado pelas precárias condições de segurança e a obrigatoriedade de recrutar jovens a partir dos 16 anos nas fileiras das FAR.

Uma das primeiras ordens executivas assinadas por Donald Trump foi revogar a decisão tomada pela administração de Joe Biden de retirar Cuba da lista de países patrocinadores do terrorismo.

Isso gerou uma reação imediata de Miguel Díaz-Canel. O mandatário cubano acusou Trump de agir com “arrogância” e de promover uma “cruel guerra econômica” contra a ilha.

Perguntas frequentes sobre o Exercício Bastión Militar e a situação em Cuba

O que é o Exercício Bastión Militar em Cuba?

O Exercício Bastião Militar é um treinamento estratégico que ocorre em toda Cuba com o objetivo de aumentar a prontidão para a defesa do país. Envolve estudantes e soldados em práticas de manuseio de armamento para enfrentar supostas ameaças externas, particularmente do governo dos Estados Unidos.

Por que o governo cubano realiza esses exercícios militares nas universidades?

O governo cubano realiza esses exercícios em universidades para transmitir uma mensagem de preparação e disposição para defender a pátria. Busca-se envolver a juventude na defesa do regime socialista, utilizando instituições educacionais para reforçar o adoctrinamento militar sob a justificativa de enfrentar o "imperialismo".

Qual tem sido a reação da população cubana em relação ao serviço militar obrigatório?

A imposição do serviço militar obrigatório gera um crescente rejeição na população cubana, especialmente após incidentes trágicos como a morte de adolescentes pela manipulação de armamento antigo. As críticas se concentram na falta de segurança e na obrigatoriedade de incluir jovens a partir dos 16 anos nas fileiras militares.

Como afeta a decisão de Donald Trump de manter Cuba na lista de países patrocinadores do terrorismo?

A decisão de Donald Trump de manter Cuba na lista de países patrocinadores do terrorismo agrava as tensões entre Cuba e os Estados Unidos, pois o regime cubano a vê como uma ferramenta de pressão econômica que aumenta as carências do povo cubano, conforme declarações oficiais.

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