Díaz-Canel critica Trump por restituir Cuba na lista de países patrocinadores do terrorismo

O governante cubano criticou Trump por incluir Cuba novamente na lista de países terroristas, acusando-o de arrogância e de agravar a crise econômica e migratória.

Donald Trump e Miguel Díaz-CanelFoto © CiberCuba

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O governante cubano Miguel Díaz-Canel Bermúdez questionou a decisão do presidente Donald Trump de revogar a saída de Cuba da lista de países patrocinadores do terrorismo, após assumir a presidência dos Estados Unidos nesta segunda-feira.

Através de suas redes sociais, Díaz-Canel acusou Trump de agir com “arrogância” e de fomentar uma “cruel guerra econômica” contra a ilha.

“Presidente Trump, em um ato de arrogância e desprezo pela verdade, acaba de restabelecer a fraudulenta designação de Cuba como estado patrocinador do terrorismo. Não é surpreendente. Seu objetivo é continuar fortalecendo a cruel guerra econômica contra Cuba com fins de dominação”, lê-se no texto publicado pelo governante cubano.

Captura Facebook / Miguel Díaz-Canel Bermúdez

Mais uma vez, Díaz-Canel culpou os Estados Unidos pela decadente situação econômica existente em Cuba e pela crise migratória: “O resultado das medidas extremas de cerco econômico impostas por Trump foi provocar carências em nosso povo e um aumento significativo do fluxo migratório de Cuba para os Estados Unidos. Este ato de zombaria e abuso confirma o descrédito das listas e mecanismos unilaterais de coerção do governo dos EUA”.

Contexto da revogação de Trump

A revogação foi anunciada pouco depois de Trump se tornar o 47º presidente dos Estados Unidos, com uma ordem executiva que anulou a decisão tomada por Joe Biden no dia 14 de janeiro. Biden havia retirado Cuba da lista de países patrocinadores do terrorismo como parte de um acordo facilitado pela Igreja Católica para libertar prisioneiros políticos na ilha.

Segundo a Casa Branca, a revogação responde aos interesses estratégicos da nova administração, que considera que o governo cubano continua representando um perigo ao apoiar atividades terroristas internacionais.

Consequências para Cuba

A inclusão de Cuba novamente nesta lista traz severas sanções econômicas, incluindo restrições financeiras e comerciais. A decisão será apoiada por congressistas cubano-americanos, que criticaram a postura de Biden, classificando-a como uma "traição" aos interesses dos Estados Unidos e que fortalece o regime cubano.

Com esse movimento, Trump retoma a linha dura de seu primeiro mandato em relação a Cuba, aumentando as pressões econômicas e políticas sobre a ilha.

Perguntas frequentes sobre a inclusão de Cuba na lista de países patrocinadores do terrorismo

Por que Donald Trump decidiu reintegrar Cuba à lista de países patrocinadores do terrorismo?

Donald Trump reincorporou Cuba à lista de países patrocinadores do terrorismo porque considera que o governo cubano continua representando um perigo ao apoiar atividades terroristas internacionais. Esta decisão faz parte de sua política de linha dura em relação a Cuba, que busca aumentar as pressões econômicas e políticas sobre a ilha.

Quais são as consequências para Cuba estar na lista de patrocinadores do terrorismo?

A inclusão de Cuba na lista de patrocinadores do terrorismo implica severas sanções econômicas, incluindo restrições financeiras e comerciais.

Como o governo cubano respondeu à decisão de Trump de reintegrar Cuba na lista de terrorismo?

O governo cubano, liderado por Miguel Díaz-Canel, criticou severamente a decisão de Trump, acusando-o de agir com "arrogância" e de fortalecer uma "cruel guerra econômica" contra Cuba. Díaz-Canel responsabiliza os Estados Unidos pela crise econômica e migratória que a ilha enfrenta, afirmando que as sanções têm provocado carências em sua população.

Que postura a administração de Joe Biden adotou em relação a Cuba e sua designação como patrocinador do terrorismo?

A administração de Joe Biden decidiu retirar Cuba da lista de países patrocinadores do terrorismo como parte de um acordo facilitado pela Igreja Católica para a libertação de prisioneiros políticos na ilha. No entanto, essa decisão foi revertida por Trump ao reassumir a presidência, gerando críticas por parte de setores republicanos que consideram que essa retirada traía os interesses dos Estados Unidos.

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