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Israel e Hamás chegaram a um acordo para interromper os combates na Faixa de Gaza e iniciar um processo que inclui a liberação de reféns e prisioneiros, assim como a retirada de tropas israelenses.
A agência Associated Press (AP) confirmou que o acordo foi anunciado nesta quinta-feira e representa o avanço mais significativo em meses dentro de uma guerra que deixou dezenas de milhares de mortos, grande parte de Gaza destruída e conflitos paralelos na região.
Hamás assegurou que o pacto contempla o fim completo da guerra, la retirada de Israel, la apertura del cruce fronterizo con Egipto, la entrada de ayuda humanitaria y el intercambio de prisioneros por rehenes.
Também indicou que mais de 2.000 palestinos serão libertados, incluindo 250 com longas condenações e 1.700 detidos durante o conflito.
“Declaramos hoje que chegamos a um acordo para pôr fim à guerra e à agressão contra nosso povo”, disse o dirigente do Hamás e negociador principal, Khalil al-Hayya, em um discurso televisionado.
Afirmou que a administração do presidente Donald Trump e os mediadores garantiram que a guerra, iniciada há dois anos, chegou ao fim.
Al-Hayya acrescentou que todas as mulheres e crianças presas em cárceres israelenses serão liberadas.
Também assegurou que o Hamás e outras facções palestinas concentrarão seus esforços em alcançar a autodeterminação e a criação de um Estado palestino.
No entanto, horas antes de entrar em vigor a trégua, um bombardeio israelense no bairro Sabra, na Cidade de Gaza, deixou pelo menos duas mulheres mortas e mais de 40 pessoas presas sob os escombros, segundo informou o grupo de resgate Defesa Civil Palestina.
As equipes de emergência continuam trabalhando em condições extremas.
O acordo é baseado em elementos propostos pelo governo de Trump, que atuou como mediador nas negociações junto com o Egito e outros países da região.
Embora persistam dúvidas sobre sua implementação total, ambas as partes têm dado sinais de estarem mais próximas do que nunca do fim da guerra.
O Secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, destacou esta quinta-feira em X a importância do presidente Trump neste acordo de paz.
"O acordo histórico para libertar os reféns restantes mantidos pelo Hamás não teria sido possível sem o presidente Trump. Obrigado!", ressaltou.
Por sua vez, EFE reportou nesta quinta-feira que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, viajará em breve ao Egito para a assinatura do acordo entre Israel e Hamás para o cessar-fogo na Faixa de Gaza e a liberação de reféns.
No entanto, a agência de notícias enfatizou que o mandatário não definiu a data exata.
"Vamos a ir ao Egito, onde teremos uma assinatura, já tivemos uma assinatura com alguém me representando, mas vamos ter uma assinatura oficial", disse o presidente durante uma reunião com seu gabinete na Casa Branca.
O recente acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamás é o resultado de uma série de gestões diplomáticas intensas lideradas pela administração de Donald Trump, que nas últimas semanas assumiu um papel central nas negociações para pôr fim à guerra em Gaza.
Todo começou quando o ex-presidente apresentou um plano de paz ao Benjamin Netanyahu e outros líderes regionais, propondo um esquema de desescalada que incluía a retirada progressiva do exército israelense e a libertação de reféns em troca de garantias de segurança.
O projeto foi apoiado pelo Egito e outras potências do Oriente Médio, abrindo a porta para conversas diretas com os mediadores.
Poucos dias depois, Hamás anunciou sua disposição a liberar todos os reféns israelenses sob um acordo de trégua supervisionado internacionalmente.
Essa declaração marcou um ponto de inflexão após meses de bloqueio e violência, e foi vista como o primeiro sinal concreto de vontade de negociação por parte do grupo.
Em paralelo, Trump pediu publicamente a Israel para interromper os bombardeios sobre Gaza e concentrar-se nas conversas de paz, insistindo que apenas o diálogo poderia garantir a segurança duradoura do Estado hebreu.
Sua intervenção, apoiada por diplomatas americanos e mediadores egípcios, foi fundamental para conter a escalada de ataques na região.
Finalmente, o ex-presidente se mostrou otimista após os primeiros gestos de conciliação do Hamás, qualificando o avanço como “um grande passo rumo à estabilidade do Oriente Médio”.
Esse ambiente de aproximação permitiu selar o atual cessar-fogo, que contempla a liberação de prisioneiros, a entrada de ajuda humanitária e a reabertura de pontos fronteiriços sob supervisão internacional.
Assim, após dois anos de devastação e mais de 30.000 vítimas, as negociações promovidas por Washington levaram ao que pode ser o primeiro capítulo de uma nova fase de trégua e reconstrução em Gaza.
Perguntas frequentes sobre o acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamás
O que implica o acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamás?
O acordo implica a cessação dos combates na Faixa de Gaza, a liberação de reféns e prisioneiros, e a retirada das tropas israelenses. Além disso, inclui a abertura do ponto de passagem na fronteira com o Egito, a entrada de ajuda humanitária e uma troca de prisioneiros por reféns.
Qual tem sido o papel de Donald Trump no acordo de paz?
Donald Trump desempenhou um papel central na mediação do acordo de paz entre Israel e Hamás. Sua administração apresentou um plano de 20 pontos que inclui o fim da guerra, a liberação de reféns e um ambicioso plano de reconstrução de Gaza sob supervisão internacional.
O que prevê o plano de reconstrução para Gaza após o acordo?
O plano de reconstrução para Gaza inclui a entrada maciça de ajuda humanitária e a reabilitação de infraestrutura básica como água, eletricidade e hospitais. Este processo será supervisionado pela ONU e outras agências internacionais, com o objetivo de melhorar as condições de vida em Gaza.
Quais condições o Hamás impôs para aceitar o acordo?
Hamás exigiu um cessar-fogo permanente, a retirada total do Exército israelense de Gaza, a entrada sem restrições de ajuda humanitária e o início de uma reconstrução integral sob a supervisão de um organismo palestino. Também pede um acordo justo de troca de prisioneiros.
Qual tem sido o impacto do conflito na população de Gaza?
O conflito deixou mais de 66.000 palestinos mortos, incluindo 17.000 menores, desde o início da ofensiva israelense em 2023. A situação humanitária é crítica, e o acordo busca aliviar o sofrimento por meio da entrada de ajuda e da reconstrução do enclave.
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