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As autoridades da prisão de Mar Verde, em Santiago de Cuba, negou nesta segunda-feira a visita conjugal e qualquer contato com o opositor José Daniel Ferrer à sua esposa, Nelva Ismarays Ortega-Tamayo, que decidiu se manifestar em frente ao penal em sinal de protesto e pode ser detida.
Segundo a denúncia feita diretamente da página do líder da União Patriótica de Cuba (UNPACU), a família de Ferrer teme pela sua integridade física e psicológica e responsabiliza as altas autoridades do país, assim como a direção do presídio e agentes do G2.
O aviso alerta que a negativa da visita conjugal ocorre dias depois de que uma carta de Ferrer foi divulgada, cuja difusão teria incomodado o governo: "Tudo indica que a ditadura ficou muito incomodada com a carta que conseguimos tirar da prisão e publicamos na sexta-feira, dia 3."
O episódio ocorre após a difusão de uma carta de Ferrer que acendeu o clima em torno de seu caso, e em meio a restrições que, segundo a família, dificultam visitas e comunicação básica.
Para os seus próximos, a decisão do penal aprofunda o isolamento e faz parte de uma escalada de represálias.
A dolorosa decisão de Ferrer
Este viernes, José Daniel Ferrer revelou que aceitou sair ao exílio, uma decisão que classifica como dolorosa, tomada sob pressões extremas do regime, e motivada pela necessidade de proteger sua família.
Através de uma carta manuscrita datada de 10 de setembro de 2025, Ferrer denuncia uma sequência de abusos sistemáticos e reafirma seu compromisso com a luta pela liberdade de Cuba.
Ferrer explica que decidiu deixar o país antes da invasão à sua casa no dia 29 de abril, quando foi levado de volta à prisão após a revogação de sua liberdade condicional.
Também aponta que a Segurança do Estado lhe exigiu aproveitar o exílio para descreditar a luta pela liberdade, incluindo a manipulação de sua imagem.
Além disso, segundo a denúncia, pretendiam que eu pedisse aos Estados Unidos e à Igreja Católica que retomassem as negociações com o regime.
Ferrer é categórico: “Quero deixar bem claro que se a minha vida e a da minha família dependem de eu pedir tais coisas, prefiro a minha morte neste campo de concentração ao estilo nazi (...). Estou pronto para morrer, mas não para viver sem honra, sem dignidade.”
Preguntas frecuentes sobre la situación de José Daniel Ferrer y su lucha por la libertad en Cuba
Por que José Daniel Ferrer decidiu aceitar o exílio?
José Daniel Ferrer decidiu aceitar o exílio devido às pressões extremas do regime cubano e com o objetivo de proteger sua família. Denuncia que foi submetido a abusos sistemáticos, incluindo torturas e ameaças, e considera o exílio como uma estratégia de resistência, não uma rendição.
Quais condições José Daniel Ferrer enfrenta na prisão?
José Daniel Ferrer enfrenta condições desumanas na prisão, incluindo espancamentos, torturas e isolamento prolongado. Ele está confinado em uma cela infestada de insetos, sem acesso adequado a alimentos e medicamentos, e sob vigilância constante da polícia política. Essas condições foram denunciadas internacionalmente como violações dos direitos humanos.
Como reagiu a comunidade internacional diante do caso de Ferrer?
A comunidade internacional reagiu com indignação diante do caso de José Daniel Ferrer. Os Estados Unidos exigiram sua liberação imediata, e organizações como a Anistia Internacional o identificaram como prisioneiro de consciência. Ativistas e políticos expressaram seu apoio a Ferrer, denunciando as condições inumanas de sua prisão e a repressão sistemática do regime cubano.
Quais são as implicações da negativa do regime cubano ao pedido de visita conjugal de Ferrer?
A negativa do regime cubano em permitir a visita conjugal a José Daniel Ferrer reforça o isolamento a que ele está submetido e é vista como uma retaliação por sua oposição ativa ao regime. Esta ação gera preocupação pela sua integridade física e psicológica, e é parte de uma série de medidas de pressão contra ele e sua família.
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