Venezuela acusa os EUA de incursão aérea com aviões militares

O ministro apontou que o sistema de defesa aérea venezuelano detectou aviões de combate americanos.

Vladimir Padrino LópezFoto © Captura de vídeo/Youtube

O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, denunciou nesta quinta-feira a presença de aviões de combate dos Estados Unidos que, segundo afirmou, sobrevoaram perto das costas venezuelanas no mar do Caribe, em uma ação que classificou como uma “provocação” e “uma grande ameaça à segurança da nação”.

Denuncio ao mundo o assédio militar, a ameaça militar do Governo dos Estados Unidos sobre o povo da Venezuela; denuncio ao mundo esta situação que, repito, não deixa de ser uma provocação, mas também uma ameaça à nossa segurança nacional”, afirmou Padrino López durante um balanço de operações das Forças Armadas transmitido pelo canal estatal VTV.

O ministro destacou que o sistema de defesa aérea venezuelano detectou aviões de combate americanos, cuja presença foi “comprovada e verificada”, inclusive —segundo afirmou— por uma companhia aérea internacional que notificou a torre de controle do aeroporto de Maiquetía sobre a proximidade das aeronaves.

Nunca havíamos visto esse despliegue de aviões. Sabemos que estão estacionados em Porto Rico, da classe F-35, mas atrever-se a se aproximar do território venezuelano… estamos os observando, quero que saibam. E quero que saibam que isso não nos intimida, afirmou.

De acordo com os dados oferecidos pelo titular da Defesa, foi detectada a presença de mais de cinco vetores com características de voo de 400 nós e a uma altitude de 35.000 pés.

Padrino López recordou que em setembro já havia denunciado voos de “inteligência” dos Estados Unidos contra a Venezuela e alertou sobre um plano de intervenção militar que, na sua opinião, busca deslocar o presidente Nicolás Maduro.

Sempre ocorreram operações de inteligência nos aviões do Exército dos Estados Unidos no Caribe, mas agora passaram de um padrão diurno para o noturno e de madrugada, e triplicaram, em agosto, as operações de exploração contra a Venezuela”, explicou.

Atualmente, os Estados Unidos mantêm pelo menos oito navios de guerra na região, além de um submarino de ataque rápido de propulsão nuclear e mais de 4.500 soldados, como parte de uma operação no Mar do Caribe.

Washington também implantou caças F-35B de última geração em Porto Rico, para reforçar as operações contra o narcotráfico vindo da Venezuela e outros países da América do Sul, uma afirmação que Caracas rejeita e considera um ato de hostilidade.

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