
Vídeos relacionados:
O chanceler cubano Bruno Rodríguez Parrilla interveio neste sábado na Assembleia Geral da ONU para denunciar - diante de um auditório quase vazio - o que qualificou como uma "escalada militar injustificada" por parte dos Estados Unidos no mar do Caribe, e que essa presença representa uma "ameaça de guerra" na região.
Rodríguez assinalou que o despliegue naval e aéreo estadunidense, que inclui mísseis balísticos de teste e submarinos nucleares, estaria utilizando como pretexto a luta contra o narcotráfico, argumento que o chanceler cubano desconsiderou como uma "lenda na qual ninguém nesta sala acredita", citou o portal oficial Cubadebate.
No mar do Caribe paira hoje a ameaça de guerra com um desdobramento de caráter ofensivo absolutamente injustificado. Os EUA utilizam o pretexto de combater o crime e o tráfico de narcóticos", declarou o chefe da diplomacia cubana.
A intervenção do chanceler ocorreu em um contexto de pouca atenção diplomática, com um auditório semivazio no salão principal das Nações Unidas, o que contrasta com discursos anteriores de mandatários de maior peso geopolítico.
Rodríguez aproveitou a tribuna para reiterar seu apoio ao regime de Nicolás Maduro na Venezuela e condenar as sanções impostas por Washington contra Caracas.
Reafirmamos nosso total apoio ao Governo bolivariano e chavista dessa irmã nação latino-americana e caribenha”, afirmou.
Também acusou os Estados Unidos de gerar uma coyuntura perigosa com a intercepção de embarcações e a suposta violação do direito internacional.
Repudiamos a doutrina Monroe e toda tentativa de militarização, intervenção ou dominação imperialista na América Latina e no Caribe”, acrescentou.
Finalmente, Rodríguez Parrilla chamou a construir uma “nova ordem internacional” baseada no respeito à soberania e à equidade entre os Estados, embora sua mensagem tenha tido pouca repercussão internacional.
Arquivado em: