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O Serviço de Imigração e Controle de Aduanas (ICE) prendeu na última sexta-feira, na Filadélfia, o cubano Orlando Sánchez Sarría, de 63 anos, que possui uma condenação anterior por tráfico de drogas e posse de arma de fogo.
Sánchez Sarría foi sentenciado a 386 meses (32 anos e dois meses) de prisão no condado de Cumberland, Pensilvânia, pelos delitos de conspiração para distribuir cocaína, posse de arma de fogo e uso ou porte de arma de fogo durante um crime de narcotráfico, segundo informações publicadas no site oficial do ICE.
O Departamento de Segurança dos EUA (DHS) o incluiu na lista "Os piores dos piores", que inclui imigrantes indocumentados “condenados ou acusados de crimes atrocidades que colocam em risco a população americana” e que foram recentemente presos naquele país.
A sentença condenatória de Sánchez Sarría a mais de três décadas de reclusão é de 1993 e se cumprirá este ano, de acordo com registros judiciais publicados online.
Sánchez Sarría integra uma extensa lista de cubanos detidos nas últimas semanas em vários estados dos EUA, todos com condenações por crimes considerados de alto risco, e que já foram deportados ou estão aguardando sua expulsão do país.
A recente comunicação do ICE não faz menção à inadiável deportação do cubano, que pode ser enviado a um destino diferente do seu país natal se o regime de Havana não o admitir de volta.
O governo da ilha se recusa a receber cubanos que têm antecedentes criminais nos EUA ou que emigraram antes de janeiro de 2017.
A administração Trump enviou imigrantes que cometeram crimes graves -incluindo cubanos- para terceiros países, em meio a denúncias de detenções arbitrárias e falta de acesso à defesa legal.
Um decisão da Suprema Corte anulou em junho restrições judiciais anteriores e deu luz verde à Casa Branca para aplicar a medida de deportação de certos imigrantes para países distintos de seus países de origem, incluindo destinos onde correm riscos de tortura ou morte.
Antes do parecer conclusivo do Supremo, dois cubanos com extenso histórico criminal já haviam sido enviados ao Sudão do Sul, enquanto que outro foi deportado para o Reino de Esuatini em julho. Entretanto, um número não revelado de cidadãos da ilha foi levado ao México.
Dados oficiais do DHS quantificam em mais de 42.000 os cubanos com ordens de deportação definitiva dos Estados Unidos, mas a relutância do regime da ilha em aceitá-los de volta complicou os processos de expulsão.
Perguntas frequentes sobre a detenção e deportação de cubanos nos EUA.
Por que Orlando Sánchez Sarría foi detido pelo ICE na Filadélfia?
Orlando Sánchez Sarría foi detido pelo ICE devido aos seus antecedentes criminais por narcotráfico e armas. Foi condenado a 386 meses de prisão por conspiração para distribuir cocaína e posse de arma de fogo durante um delito de narcotráfico.
O que é a lista "O pior do pior" do DHS?
A lista "O pior do pior" do Departamento de Segurança Nacional (DHS) inclui imigrantes indocumentados condenados ou acusados de crimes atrozes que representam um risco para a população americana. Orlando Sánchez Sarría está incluído nesta lista devido aos seus antecedentes criminais.
Orlando Sánchez Sarría será deportado para Cuba?
A deportação de Orlando Sánchez Sarría para Cuba é incerta, já que o governo cubano se recusa a receber cidadãos com antecedentes criminais nos EUA. Caso Cuba não o aceite, ele poderá ser deportado para um terceiro país.
Que medidas a administração Trump tomou em relação à deportação de cubanos?
A administração Trump implementou uma política de deportação para terceiros países para imigrantes com antecedentes criminais que não são aceitos por seus países de origem, como Cuba. Essa medida foi respaldada por uma decisão da Suprema Corte, permitindo deportações para países diferentes do de origem, mesmo que haja riscos de tortura ou morte.
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