Blas Giraldo Reyes, ex-prisioneiro político cubano condenado a 25 anos durante a Primavera Negra de 2003, celebrou nesta terça-feira a prisão nos Estados Unidos do ex-tenente-coronel do Ministério do Interior (MININT) Jorge Luis Vega García, conhecido como “Veguita”, a quem responsabiliza diretamente por abusos cometidos nas prisões do regime cubano.
“É uma falta de respeito que esse homem esteja aqui. Essas pessoas vêm aos Estados Unidos com um roteiro, estão aqui com alguma ordem do regime, da ditadura”, declarou Reyes ao jornalista Mario J. Pentón, em uma entrevista em vídeo.
“El exilio cubano está muito satisfeito por ter sido preso pelo ICE. Aos esbirros digo que se lembrem que a ditadura tem pouco tempo. Terão que pagar pelos assassinatos e crimes que cometeram”, assegurou.
Vega García foi apontado por ex-prisioneiros das cadeias cubanas Agüica e Canaleta como executor de torturas físicas e psicológicas, espancamentos sistemáticos e negação de assistência médica.
O arresto de Vega foi confirmado em 5 de agosto pelo Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas (ICE), após o caso vir à tona por meio de uma investigação do jornalista Pentón, que coletou depoimentos de vítimas diretas como Benito Ortega Suárez, Pablo Pacheco Ávila, Fidel Suárez Cruz e o próprio Reyes.
Vega García entered legally into the United States on January 20, 2024, through Tampa International Airport under the humanitarian parole program, along with his wife and son. He later requested to benefit from the Cuban Adjustment Act, despite being accused of crimes against humanity.
A plataforma Represores Cubanos – ¡Detengan la Violencia! documenta que o ex-oficial violou normas internacionais como as Regras Mandela e o Artigo 3 da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Seu histórico repressivo inclui espancamentos, confinamentos prolongados, negação de atendimento médico e perseguições por motivos políticos.
Uma ex-funcionária do sistema penitenciário cubano confirmou que Vega foi promovido antes de sua aposentadoria, o que reforça seu vínculo com a estrutura repressiva do regime.
A detenção gerou reações imediatas entre organizações do exílio e congressistas cubano-americanos, que exigiram uma investigação aprofundada e que a resposta não se limite a uma simples deportação.
Até agora, as autoridades americanas não revelaram as acusações formais, mas vítimas como Reyes insistem que "Veguita" deve responder perante a justiça.
Perguntas frequentes sobre a prisão de Jorge Luis Vega García nos EUA.
Quem é Jorge Luis Vega García e por que foi preso nos EUA?
Jorge Luis Vega García, conhecido como "Veguita", é um ex-tenente-coronel do Ministério do Interior de Cuba, acusado de crimes contra a humanidade por seu papel na repressão de prisioneiros políticos em prisões de máxima segurança em Cuba. Foi preso nos Estados Unidos após entrar no país sob o programa de parole humanitário, apesar de seu histórico repressivo. Sua detenção foi confirmada pelo Serviço de Imigração e Controle de Aduanas (ICE) após uma investigação jornalística que reuniu depoimentos de várias de suas vítimas.
Quais crimes são atribuídos a Jorge Luis Vega García?
Jorge Luis Vega García está acusado de ordenar torturas físicas e psicológicas, agressões sistemáticas, confinamentos prolongados e negação de atendimento médico a presos políticos. Esses atos ocorreram durante sua direção das prisões de Agüica e Canaleta em Cuba. As acusações são baseadas em testemunhos de ex-prisioneiros políticos e violações de normas internacionais, como as Regras Mandela e a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Como Jorge Luis Vega García entrou nos Estados Unidos?
Jorge Luis Vega García entrou legalmente nos Estados Unidos no dia 20 de janeiro de 2024, através do Aeroporto Internacional de Tampa, Flórida, sob o programa de parole humanitário. Posteriormente, solicitou abrigo sob a Lei de Ajuste Cubano, apesar das acusações de crimes de lesa humanidade contra ele.
Que reações o arresto de Vega García gerou na comunidade cubana nos EUA?
O arresto foi celebrado pelo exílio cubano e por congressistas cubano-americanos, que exigiram que se faça justiça para as vítimas do regime cubano. Organizações do exílio e vítimas diretas pediram uma investigação minuciosa e que a resposta não se limite a uma simples deportação, enfatizando a necessidade de que "Veguita" responda perante a justiça.
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