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O regime cubano reagiu rapidamente nesta quarta-feira às palavras do secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, e como de costume, respondeu com ataques contra os dissidentes na ilha, a quem qualificou de "assalariados" e "agentes corruptos" a serviço dos Estados Unidos.
Através da rede social X, o ministro das Relações Exteriores Bruno Rodríguez Parrilla atacou os opositores cubanos depois que Rubio apoiou publicamente o direito do povo cubano de protestar, a poucos dias do quarto aniversário de 11 de julho de 2021 (11J).
“O secretário de Estado dos #EUA insta seus funcionários em #Cuba a subverter a ordem constitucional e a cumprir as ordens de quem faz o povo cubano sofrer”, escreveu Rodríguez.
"Enquanto utiliza fundos federais para que seus agentes corruptos enriqueçam, milhões de cidadãos dos EUA não terão acesso à saúde", acrescentou.
Resposta rápida ao exterior, silêncio ao povo
Uma vez mais, o regime cubano responde com rapidez e veemência a qualquer declaração relacionada com os Estados Unidos, mas mantém silêncio diante das demandas internas do povo, que vive entre apagões, escassez de alimentos, preços impagáveis e serviços colapsados.
Enquanto ataca nas redes sociais aqueles que o criticam de fora, o governo não consegue responder à sua própria população com soluções concretas para suas necessidades mais básicas, apesar de ter o poder absoluto, o controle da mídia, os ministérios e todos os recursos do país. Os cubanos continuam esperando por eletricidade, arroz, medicamentos e transporte, mas recebem apenas discursos e repressão.
Ataques sistemáticos antes do 11J
A mensagem do chanceler se soma a uma estratégia bem conhecida do regime cubano: intensificar a propaganda e os ataques verbais nas vésperas de datas sensíveis, como 11 de julho, quando se comemora o surto social mais importante que a ilha viveu em décadas.
Enquanto isso, organizações de direitos humanos e ativistas dentro da ilha alertam sobre maior vigilância, intimações, detenções preventivas e operações de controle social, como parte do desdobramento repressivo anterior à data.
A ofensiva verbal do regime não surpreende. Mas o que continua surpreendendo é sua incapacidade de ouvir o povo cubano, aquele que saiu às ruas gritando “Liberdade” há quatro anos, e que hoje ainda aguarda respostas que não chegam.
Marco Rubio desencadeia a fúria dos comunistas
Marco Rubio reafirmou seu apoio à luta pela liberdade em Cuba com uma mensagem dirigida a dissidentes, jornalistas independentes e familiares de presos políticos que se reuniram na residência do encarregado de negócios dos Estados Unidos em Havana, Mike Hammer.
O secretário de Estado dos Estados Unidos se dirigiu, em um vídeo projetado, aos participantes do encontro, no qual também participou de forma virtual o subsecretário de Estado, Christopher Landau.
"Sei que não é fácil viver nessa Ilha escravizada e enfrentar um regime que faz tudo o possível para castigá-los. Mas vocês não desistem, e isso nos inspira", disse na gravação.
Segundo relatório da Martí Noticias, Rubio destacou que a repressão do regime não conseguiu silenciar o clamor pela liberdade do povo. "O 11J marcou uma mudança. Foi uma inspiração para todos nós que amamos a liberdade e sonhamos com uma Cuba livre, soberana e independente".
"É uma honra me dirigir a um grupo de valentes dissidentes cubanos e jornalistas independentes para reafirmar nosso apoio a uma Cuba livre, soberana e independente. #PatriaYVida #11J", escreveu Rubio em sua conta no X, junto a uma foto da reunião.
O encontro, convocado em razão do quarto aniversário das protestas de 11 de julho de 2021, foi um gesto de apoio de Mike Hammer à sociedade civil cubana.
A velada ocorreu sob fortes medidas de segurança para impedir que o regime detivesse os participantes, como aconteceu dias atrás durante a festividade do 4 de julho na Embaixada dos Estados Unidos em Havana.
Perguntas frequentes sobre as tensões entre Cuba e os Estados Unidos
Por que o regime cubano chama "assalariados" os dissidentes?
O regime cubano qualifica os dissidentes como "assalariados" porque os considera agentes a serviço de interesses estrangeiros, especificamente dos Estados Unidos. Essa retórica busca deslegitimar os opositores internos, apresentando-os como pessoas que recebem recursos externos para subverter a ordem constitucional em Cuba.
Qual foi a resposta do regime cubano à mensagem de Marco Rubio?
O regime cubano, através de seu ministro de Relações Exteriores, Bruno Rodríguez Parrilla, respondeu com ataques aos dissidentes e críticas à política estadounidense. Rodríguez classificou os opositores como "assalariados" e "corruptos" a serviço dos Estados Unidos, em uma tentativa de desviar a atenção das demandas internas da população cubana.
Como reagiu o regime cubano diante das protestas internas e externas?
O regime cubano respondeu aos protestos internos com repressão e silêncio, enquanto critica as situações de direitos humanos em outros países, como os Estados Unidos. Essa dupla moral evidencia a incoerência do governo cubano, que ignora as demandas de seu povo enquanto denuncia outros por violações de direitos humanos.
Quais medidas os Estados Unidos tomaram contra o regime cubano?
Estados Unidos, sob a administração de Marco Rubio como secretário de Estado, implementou restrições de vistos e restabeleceu o financiamento a meios de comunicação independentes cubanos. Essas ações visam pressionar o regime cubano e apoiar a sociedade civil que luta pela liberdade e pelos direitos humanos na ilha.
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