O regime cubano impediu que a cantora convidada para interpretar o hino nacional pudesse comparecer à recepção em comemoração ao Dia da Independência dos Estados Unidos em Havana e, além disso, desencadeou uma nova onda repressiva para evitar que jornalistas, ativistas e opositores políticos participassem do evento organizado pela Embaixada dos EUA.
De acordo com relatos de opositores e organizações de direitos humanos, a medida incluiu prisões domiciliares, detenções arbitrárias e operações policiais em várias províncias com o objetivo de isolar a dissidência e frear qualquer contato com os diplomatas americanos.
Entre os afetados estão figuras de destaque como Berta Soler, líder das Damas de Blanco e que foi detida; o escritor Ángel Santiesteban; a jornalista Camila Acosta; e o médico e ativista Oscar Elías Biscet.
Em províncias como Villa Clara, Pinar del Río e Cienfuegos, opositores denunciaram ter sido retidos para impedir que viajassem para a capital, em um contexto de crescente tensão entre os governos de Cuba e Estados Unidos.
Cantora pressionada para não cantar o hino
A repressão se estendeu ao âmbito cultural, como pode ser observado no vídeo publicado na rede social Facebook. O encarregado de negócios da Embaixada dos EUA em Cuba, Mike Hammer, denunciou que a cantora cubana -sem mencionar seu nome- convidada a interpretar o hino de Bayamo durante a recepção foi pressionada pelas autoridades para que não comparecesse.
Ante esta situação, Hammer pediu aos assistentes que improvisassem o hino nacional cubano, destacando a lamentável repressão que impediu até mesmo um ato simbólico em um contexto diplomático.
Estratégia para isolar a dissidência
As autoridades cubanas parecem ter intensificado seus esforços para bloquear qualquer interação entre a dissidência e diplomatas americanos, buscando silenciar vozes críticas e reduzir a visibilidade de atos que evidenciem o descontentamento popular.
Os arrests e restrições ocorrem enquanto Cuba enfrenta uma profunda crise econômica e social, um cenário que alimenta o temor do regime a novas protestas como as do 11 de julho de 2021 (11J).
Perguntas frequentes sobre a repressão em Cuba e as ações do regime
Por que foi impedida uma cantora de interpretar o hino nacional na embaixada dos EUA em Cuba?
O regime cubano pressionou a cantora para que não comparecesse ao evento organizado pela Embaixada dos Estados Unidos em Havana em comemoração ao Dia da Independência dos Estados Unidos. Esta ação faz parte de uma estratégia mais ampla para impedir qualquer ato que possa ser interpretado como apoio à dissidência ou à diplomacia americana na ilha.
Que medidas repressivas o regime cubano implementou para bloquear o evento da embaixada dos Estados Unidos?
O regime cubano realizou prisões domiciliares, detenções arbitrárias e operações policiais em várias províncias para evitar que jornalistas, ativistas e opositores participassem do evento diplomático. Esse tipo de ação busca isolar a dissidência e minimizar o contato com diplomatas estrangeiros, especialmente em momentos de tensão entre Cuba e Estados Unidos.
Quem foram alguns dos opositores afetados pela repressão em Cuba durante a celebração do 4 de Julho?
Entre os afetados estiveram Berta Soler, líder das Damas de Branco; o escritor Ángel Santiesteban; a jornalista Camila Acosta; e o médico e ativista Oscar Elías Biscet. Esses indivíduos fazem parte de um grupo mais amplo de opositores que sofreram detenções e restrições de movimentação para evitar sua participação no evento da embaixada dos EUA.
Como tem respondido a Embaixada dos Estados Unidos em Cuba diante da repressão do regime cubano?
A Embaixada dos Estados Unidos intensificou suas denúncias contra a repressão na ilha e manteve um diálogo contínuo com dissidentes e familiares de presos políticos. O chefe da missão diplomática, Mike Hammer, tem sido particularmente ativo em apontar as violações dos direitos humanos e em apoiar a sociedade civil cubana, o que gerou tensões com o governo cubano.
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