Em outro de seus atos mais ridículos e propagandísticos, o regime cubano decidiu homenagear oficialmente uma funcionária estatal por protagonizar uma burda operação de hostilização contra o chefe da missão diplomática dos Estados Unidos em Cuba, Mike Hammer.
O reconhecimento foi concedido a Lyzett Castro Toledo, diretora adjunta da empresa estatal Cítricos Caribe S.A., que atuou como peça chave na montagem encenada na popular lanchita de Regla.
O episódio, cuidadosamente orquestrado por agentes da Segurança do Estado vestidos de civil, ocorreu durante uma visita de Hammer, na qual o diplomata decidiu, fiel ao seu estilo próximo, utilizar o transporte público para ir à missa em Regla.
O montaggio foi tão grosseiro quanto patético: uma "cidadã comum" - a agora homenageada Castro Toledo - aproximou-se de forma agressiva do diplomata para "dizer-lhe as verdades", enquanto outra gravava tudo com um celular e agentes do regime simulavam ser passageiros espontâneos.
A tentativa de transformar a cena em um "ato de repúdio" falhou completamente. Nenhum dos presentes se juntou ao espetáculo. Apesar do esforço, o teatro propagandístico ficou exposto por sua artificialidade.
Mas o grotesco veio depois. O Conselho de Administração do município Plaza de la Revolución publicou com orgulho no a homenagem a Castro Toledo, destacando que foi "de frente e olhando nos olhos, cantou as verdades que Miker Hammer merecia".

No ato, Roilan Rodríguez Barbán, alto cargo do Partido na região, elogiou a funcionária que, basicamente, foi utilizada como atriz política coadjuvante.
A reação da cidadania diante da absurda condecoração não demorou a acontecer.
Na mesma publicação do CAM, um freelancer perguntou se não havia coisas mais importantes a serem tratadas: "Não acho que Mike Hammer interesse aos moradores do município mais do que todos os problemas que temos".
Outros zombaram da teatralidade do ato: "As expressões de todos são um poema. Tremendo embarque que deram àquela gente" ou "Daram um TV Panda para ele?", escreveu com sarcasmo uma mãe habanera.
E desde Miami, um cubano resumiu o que muitos pensam: "O senso de ridículo de vocês evidentemente se foi pelos vulcões."
Enquanto o regime aplaude o circo, o embaixador Hammer respondeu com classe.
Em um vídeo publicado pela Embaixada dos Estados Unidos, relatou com serenidade o incidente e reafirmou seu compromisso com uma diplomacia de rua, e não de escritórios. "Isso é o que quero fazer: percorrer o país, ouvir diferentes opiniões do povo cubano e compartilhar com eles", disse.
Sua resposta, firme e desprovida de confronto, desativou a tentativa de provocação com uma lição de coragem e autenticidade.
Desde sua chegada a Havana em novembro de 2024, Hammer tem insistido em uma política de aproximação com a sociedade civil cubana, o que tem provocado uma manifesta incomodidade nas altas esferas do poder.
Sua disposição para se reunir com ativistas, líderes religiosos e cidadãos comuns desencadeou uma onda de assédio oficial.
O regime, incapaz de controlar sua narrativa diante do contato direto dos diplomatas com o povo, optou por tentar desacreditá-lo por meio de campanhas de difamação, ameaças e montagens como a da lanchita de Regla.
Enquanto isso, a protagonista do lamentável espetáculo, Lyzett Castro Toledo, apagou seu perfil das redes sociais, embora as provas de sua participação e seu papel como diretora da empresa estatal exportadora continuem circulando amplamente. Uma tentativa tardia de esconder sua implicação em uma operação de propaganda que não só foi mal-sucedida, mas também vergonhosa.
A homenagem a Castro Toledo, longe de fortalecer a narrativa do regime, expõe mais uma vez a desconexão da burocracia cubana com as prioridades do povo.
Em um país sitiado por crises econômicas, apagões, escassez e migração em massa, as autoridades celebram uma funcionária por gritar com um diplomata estrangeiro. Um gesto grotesco, que retrata com clareza a decadência política de um sistema que já não sabe como esconder seu fracasso.
Enquanto os cubanos continuam a exigir soluções reais para seus problemas cotidianos, Mike Hammer, com sua presença nas ruas, nas igrejas e entre as pessoas, oferece uma imagem radicalmente distinta: a de uma diplomacia que não teme ouvir, que aposta no respeito mútuo e que, com ações, demonstra estar mais próxima do povo cubano do que os próprios funcionários do regime.
Perguntas frequentes sobre o incidente entre o regime cubano e Mike Hammer
Por que o regime cubano homenageou Lyzett Castro Toledo?
O regime cubano homenageou Lyzett Castro Toledo pelo seu papel em um ato propagandístico dirigido contra Mike Hammer, chefe da missão diplomática dos Estados Unidos em Cuba. Durante um percurso na Lanchita de Regla, Castro Toledo confrontou o diplomata como parte de uma encenação para hostilizá-lo. Esse reconhecimento tem sido visto como uma tentativa do regime de desacreditar a diplomacia direta de Hammer com a sociedade civil cubana.
Qual foi a reação de Mike Hammer diante do incidente na Lanchita de Regla?
Mike Hammer calmamente reafirmou seu compromisso com a diplomacia de proximidade. Em um vídeo publicado pela Embaixada dos Estados Unidos, Hammer descreveu o incidente sem confronto direto e enfatizou sua disposição em continuar percorrendo o país para ouvir diferentes opiniões do povo cubano. Sua resposta desativou a tentativa de provocação do regime, demonstrando firmeza e autenticidade.
Como a diplomacia de Mike Hammer afetou o regime cubano?
A diplomacia direta de Mike Hammer incomodou o regime cubano, que respondeu com campanhas de assédio e difamação. Seu contato com ativistas, líderes religiosos e cidadãos comuns tem sido visto como uma ameaça ao controle narrativo do regime. Em resposta, as autoridades tentaram desacreditá-lo por meio de montagens propagandísticas e acusações de ingerência.
Quais medidas o governo dos Estados Unidos tomou em relação ao assédio a Mike Hammer?
O governo dos Estados Unidos defendeu o trabalho de Mike Hammer e convocou a embaixadora de Cuba em Washington para expressar seu repúdio ao assédio. Washington destacou que as ações de Hammer estão dentro de suas funções diplomáticas e reafirmou seu apoio ao diplomata, enfatizando a importância de seu contato com a sociedade cubana e seu compromisso com os direitos humanos.
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