O chefe da Missão dos Estados Unidos em Cuba, Mike Hammer, afirmou nesta sexta-feira em Miami que o descontentamento cidadão na Ilha é generalizado e que “a grande maioria” dos cubanos considera que “a Revolução fracassou”.
Hammer, que visitou todas as províncias do país desde sua nomeação, descreveu em uma coletiva de imprensa perante veículos de comunicação americanos um cenário desolador após seus percursos pela ilha, onde se encontrou com representantes da sociedade civil e ativistas.
“Não há eletricidade; os apagões já estão chegando; há escassez de combustível, de alimentos, de medicamentos. E isso, as pessoas reconhecem que os responsáveis são os do regime cubano. Não tem nada a ver com nenhuma política dos Estados Unidos”, destacou.
O diplomata destacou que sua missão tem sido ouvir em primeira mão o povo cubano, incluindo setores tradicionalmente vinculados ao aparato estatal e que, apesar da vigilância a que estão submetidos, estão determinados a continuar com esses percursos.
“Eu tenho viajado pelo país e tenho perguntado se há interesse em que os cubanos comuns se reúnam conosco para ouvir suas preocupações, suas experiências, seus sonhos... até mesmo suas críticas ao Governo dos Estados Unidos”, afirmou.
Em suas declarações, Hammer destacou que a atual administração dos Estados Unidos planeja intensificar sua postura em relação ao regime. “As sanções anunciadas nesta quarta-feira são um princípio, não um fim. Virão mais, isso eu posso garantir”, advertiu, referindo-se às recentes medidas contra funcionários cubanos ligados a violações de direitos humanos.
O Encarregado de Negócios também denunciou a vigilância constante sobre seus movimentos na Ilha: “Há muito acompanhamento, vê-se os Ladas por todos os lugares, estão nos filmando constantemente”.
Apesar disso, reiterou sua intenção de continuar se conectando com a cidadania. “Somos transparentes. O que me preocupa é que as autoridades e os ciberclarias estão incentivando os militantes a virem perturbar e interromper minhas viagens e atividades.”
Hammer tem mantido encontros com opositores, líderes religiosos, jornalistas, artistas e empreendedores.
Entre eles, mencionou figuras como Luis Manuel Otero Alcántara, Maykel Castillo “El Osorbo”, e José Daniel Ferrer e Félix Navarro.
A esse respeito, criticou severamente a criminalização da protesto em Cuba e disse que “Me parece incrível que Havana proíba o direito de se manifestar”.
Perguntas Frequentes sobre a Situação em Cuba e o Papel de Mike Hammer
Por que Mike Hammer afirma que a revolução cubana fracassou?
Mike Hammer afirmou que a revolução cubana fracassou com base no descontentamento generalizado dos cidadãos e nas condições críticas que observou durante suas viagens pela ilha, como a escassez de alimentos, combustível, medicamentos e os constantes apagões. Segundo Hammer, a maioria dos cubanos considera que o regime é o responsável por essa situação, e não as políticas dos Estados Unidos.
Como o regime cubano respondeu às ações de Mike Hammer?
O regime cubano intensificou seus ataques contra Mike Hammer, acusando-o de promover a desestabilização do país e de violar protocolos diplomáticos. Ele é acusado de impulsionar uma estratégia de "guerra híbrida" contra Cuba, e foram utilizadas etiquetas nas redes sociais para desacreditá-lo, como #ForaHammer e #CubaNãoSeVende.
Que medidas a administração dos Estados Unidos tomou contra o regime cubano?
A administração dos Estados Unidos intensificou sua postura contra o regime cubano por meio de sanções anunciadas recentemente contra funcionários cubanos vinculados a violações de direitos humanos. Hammer afirmou que essas sanções são apenas o começo e que mais medidas estão planejadas para o futuro.
Qual é a estratégia de Mike Hammer em suas interações com o povo cubano?
Mike Hammer busca conectar diretamente com o povo cubano por meio de encontros cara a cara, ouvindo suas preocupações, experiências e críticas em relação ao governo, incluindo o dos Estados Unidos. Ele realizou várias visitas a diferentes províncias e manteve reuniões com opositores, líderes religiosos e representantes da sociedade civil.
Arquivado em:
