O governo dos Estados Unidos deportou um novo grupo de supostos gangues para El Salvador, no âmbito de sua política de cooperação com o país centro-americano na luta contra o crime organizado.
O secretário de Estado, Marco Rubio, qualificou a operação como um sucesso em matéria de segurança e combate ao crime transnacional.
Através de sua conta no X e em um comunicado publicado pelo Departamento que dirige, Rubio apontou que "ontem à noite, em uma bem-sucedida operação antiterrorista com nossos aliados em El Salvador, o exército dos Estados Unidos transferiu um grupo de 17 criminosos violentos das organizações Tren de Aragua e MS-13, incluindo assassinos e estupradores".
Rubio também destacou que a designação do Tren de Aragua e da MS-13 como "Organizações Terroristas Estrangeiras" por parte do presidente Donald Trump reforça a estratégia de Washington para combater a influência desses grupos no território americano. "Esses criminosos não aterrorizarão mais nossas comunidades e cidadãos", sublinhou.
O presidente de El Salvador Nayib Bukele confirmou a chegada do grupo, o qual afirmou que era composto por “assassinos confirmados e criminosos de alto perfil, incluindo seis estupradores de crianças”.
Além disso, o mandatário centro-americano afirmou que a “operação é um passo a mais na luta contra o terrorismo e o crime organizado”.
No comunicado do secretário de Estado dos EUA, ele aproveitou para agradecer ao presidente salvadorenho pelo apoio na luta contra o crime organizado. "Mais uma vez, estendemos nossa gratidão a @nayibbukele e ao governo de El Salvador por sua colaboração incomparável para tornar nossos países seguros contra o crime transnacional e o terrorismo".
A mediados de março, um grupo composto por 238 membros do Tren de Aragua chegou a El Salvador, enviados pelos Estados Unidos, para serem encarcerados em uma prisão de máxima segurança.
Os criminosos foram imediatamente transferidos para o Centro de Reclusão para Terroristas (CECOT), onde cumprirã uma reclusão inicial de um ano, renovável conforme determinação do governo salvadorenho.
El Tren de Aragua, formado na prisão venezuelana de Tocorón em 2014, está vinculado a homicídios, sequestros, roubos, tráfico de drogas, prostituição, extorsão e tráfico de pessoas. Segundo o portal Infobae, sua expansão chegou a países como Colômbia, Chile, Peru e Estados Unidos.
Em fevereiro, o governo de Trump designou esta organização como uma ameaça global e um ator-chave do crime transnacional.
Trump e Bukele anunciaram uma reunião bilateral para o mês de abril na Casa Branca. A reunião ocorrerá em "reconhecimento da colaboração (de Bukele) na luta contra o crime organizado", de acordo com um post do jornalista independente Nick Sortor, coanfitrião do programa "Roundtable Space".
Os intercâmbios entre ambas nações vivem um bom momento. Recentemente, a secretária de Segurança Nacional dos EUA, Kristi Noem, visitou o CECOT, e de lá lançou um aviso para os imigrantes indocumentados: "Não venham ao nosso país ilegalmente. Serão expulsos e processados".
Em troca de receber esses pandilheiros, El Salvador é compensado com um pagamento pela custódia, segundo o próprio Bukele.
Perguntas frequentes sobre a deportação de membros de gangues para El Salvador
Por que os Estados Unidos deportam membros de gangues para El Salvador?
Estados Unidos deporta pandilleiros para El Salvador como parte de uma política de cooperação na luta contra o crime organizado. Esta medida busca reduzir a influência de grupos criminosos como o Tren de Aragua e a MS-13 no território americano. O governo americano considera essas gangues como organizações terroristas estrangeiras, o que permite uma abordagem mais agressiva para sua erradicação.
Quais grupos criminosos foram designados como organizações terroristas pelos Estados Unidos?
Estados Unidos designou como organizações terroristas estrangeiras vários grupos criminosos, incluindo a gangue venezuelana Tren de Aragua e a Mara Salvatrucha (MS-13). Essa designação permite ao governo americano implementar medidas mais rigorosas para combater sua atividade criminosa dentro e fora do país.
Qual é o papel de El Salvador na detenção desses gangsters?
El Salvador concordou em acolher esses pandilheiros no Centro de Reclusão para Terroristas (CECOT), onde inicialmente cumprirão um ano de reclusão. Este acordo faz parte de uma colaboração entre os Estados Unidos e El Salvador na luta contra o crime organizado, por meio da qual El Salvador recebe compensações econômicas por custodiar esses criminosos.
Quais benefícios o El Salvador obtém deste acordo com os Estados Unidos?
El Salvador recebe um pagamento pela custódia dos deportados das gangues, o que ajuda a sustentar seu sistema penitenciário. Além disso, o acordo reforça a estratégia de segurança do presidente Nayib Bukele e fornece inteligência valiosa para continuar a luta contra o crime organizado no país.
Como este acordo afetou a relação entre os Estados Unidos e El Salvador?
A relação entre os Estados Unidos e El Salvador se fortaleceu graças à colaboração em temas de segurança e migração. Este acordo é visto como um reconhecimento da cooperação de El Salvador na luta contra o crime transnacional, o que melhorou os laços bilaterais entre ambas as nações.
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