
Vídeos relacionados:
O apresentador cubano Alexander Otaola reagiu neste domingo com tom irônico ao anúncio de que o governo de Estados Unidos começou a notificar a revogação do status legal a beneficiários do parole humanitário, entre eles cidadãos cubanos.
“De momento, deixaram de aparecer vídeos de reencontros e nostalgias. Já ninguém quer voltar a caminhar pelas ruas do seu bairro?”, escreveu no Facebook, aludindo ao desaparecimento do entusiasmo expressado por muitos emigrantes cubanos ao chegarem aos EUA sob o parole, pois agora terão que retornar à ilha.
“Não era a família que vinha em primeiro lugar? O que aconteceu?”, continuou, reforçando sua crítica àqueles que —segundo ele— mostravam nostalgia ao sair de Cuba, mas agora agem de forma contraditória em relação ao que diziam sentir.
A polêmica publicação feita pelo apresentador provocou diversas reações. Sheyla Sotolongo expressou: “Que cínico você é. Sinto o mesmo repúdio que me transmite Díaz-Canel. Meus filhinhos choram porque seu papai não pôde vir vê-los. Sim, aquele mesmo que teve que se separar deles em busca de novas oportunidades e de uma melhor economia para sua família, e para nos tirar da ditadura. Oti, você é mais um ditador.”
Por sua parte, Leonor De Las Casas comentou: “Mas eles não sabem interpretar? Têm tanto ódio por Alexander Otaola que todos desviam do assunto. Ele não está falando sobre os cubanos que vão ou deixam de ir, ele se refere à propaganda das agências e outros. O que mais me chama a atenção é como comentam cubanos que vivem em Cuba. Que falta de bom senso têm, pelo amor de Deus!”.
“Que você não tenha família em Cuba não significa que os outros não tenham o direito de visitar seus entes queridos. Nem todo mundo vai gastar dinheiro em hotéis e afins. Onde está a liberdade que tanto se presume neste país? Agora é preciso fazer o que os outros quiserem? Não me parece que essa seja a liberdade que todos queremos”, apontou Humberto Carlos Torres Hornia.
Lázaro Carlos Cuesta Rodríguez comentou: “O que acontece é o seguinte: uma pessoa como você, sem sentimentos, sem família e sem senso de pertencimento, obviamente pensa assim. Quando souber o que é ter uma família, uma mãe, um pai ou um filho, vai entender o significado desses vídeos. Nutrindo-se de amor, carinho e, acima de tudo, tome um antídoto contra o veneno que tem em seu coração”.
O apresentador Alexander Otaola tem mantido uma postura ativa e polêmica em relação ao tema migratório cubano nos Estados Unidos. Em janeiro passado, enviou uma mensagem tranquilizadora aos cubanos com documentos migratórios I-220A e I-220B, garantindo que aqueles que se comportarem corretamente e estiverem em processo de legalização não serão deportados.
Na sua opinião, apenas deveriam se preocupar aqueles com antecedentes criminais ou vínculos com o regime cubano. “Você não será deportado”, afirmou, se cumprir com as leis, trabalhar e manter seu status em dia.
Em fevereiro, durante seu programa “Hola Ota-Ola”, o influencer alertou sobre uma revisão massiva de entre 42.000 e 47.000 casos de asilo político solicitados por cubanos nos últimos anos.
Segundo assegurou, as autoridades americanas estariam analisando esses expedientes por possíveis fraudes, focando em quem retornou a Cuba após obter status de asilado. Em tom severo, Otaola sublinhou que aqueles que manipularam o sistema migratório não deveriam se queixar se enfrentarem consequências legais.
Recentemente, Otaola apoiou publicamente o congressista Carlos Giménez por solicitar a deportação de um centenar de cubanos com vínculos com o regime, muitos deles beneficiários do parole humanitário.
En sua intervenção, o apresentador elogiou o relatório apresentado ao Departamento de Segurança Nacional e celebrou o início de uma ofensiva contra o que ele descreve como infiltração de repressões cubanas. Seu apoio marcou uma mudança em sua relação com o político, a quem dias antes havia criticado por sua suposta passividade.
Perguntas frequentes sobre a revogação do parole humanitário e as críticas de Alexander Otaola
O que anunciou o governo dos EUA sobre o parole humanitário para cubanos?
O governo dos Estados Unidos começou a notificar a revogação do status legal a beneficiários do parole humanitário, o que inclui cidadãos cubanos. Isso significa que os afetados deverão deixar o país antes da expiração de seu status migratório, uma medida que gerou grande descontentamento e medo entre as comunidades afetadas.
Qual tem sido a reação de Alexander Otaola ao anúncio da revogação do parole humanitário?
Alexander Otaola reagiu de maneira irônica e crítica à notificação de revogação do parole humanitário. Otaola questionou a falta de entusiasmo daqueles que, ao chegarem aos EUA, demonstraram nostalgia por Cuba e agora precisam retornar. Manteve sua postura crítica em relação àqueles que, segundo ele, manipularam o sistema migratório e defendeu as ações contra aqueles que têm vínculos com o regime cubano.
Como reagiu a comunidade cubana após a revogação do parole humanitário?
A comunidade cubana reagiu com indignação e preocupação diante da revogação do parole humanitário. Muitos consideram que é um golpe baixo para aqueles que ingressaram legalmente nos EUA com a esperança de construir uma nova vida. As redes sociais têm sido um espaço de expressão para o descontentamento, com comentários que denunciam a medida como desumana e traiçoeira para aqueles que confiaram no sistema migratório americano.
Quais são as implicações da revogação do parole humanitário para os beneficiários?
A revogação do parole humanitário implica que os beneficiários devem sair voluntariamente dos EUA antes da expiração de seu status, ou poderão enfrentar processos de deportação rápida. Além disso, o permissão de trabalho associado será revogado, o que impacta diretamente a estabilidade laboral e econômica dos afetados. Essa situação gera incerteza e desafios para aqueles que haviam começado a se estabelecer no país.
Arquivado em: