Crítica contundente da Amnistia Internacional após o fim do programa de parol humanitário nos EUA.

A decisão da administração Trump também poderia afetar mais de 800.000 pessoas no total, incluindo 240.000 ucranianos e outros beneficiários de diferentes programas de parole.

Parole humanitárioFoto © Captura de vídeo

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A organização Amnistía Internacional lançou neste sábado uma forte crítica à administração do presidente Donald Trump após o anúncio do fim do programa de parole humanitário que beneficiava migrantes de Cuba, Venezuela, Haiti e Nicarágua.

"Trump reafirma seu desprezo pelos direitos humanos e as obrigações internacionais dos EUA", escreveu nas redes sociais Erika Guevara Rosas, diretora para as Américas da Anistia Internacional.

Através de um cartaz intitulado "Vidas no Limbo", Guevara Rosas denuncia a medida que deixa sem amparo mais de 500.000 migrantes que ingressaram legalmente sob este programa e alerta que terá "consequências devastadoras" para os afetados.

A Ordem Executiva 14165, assinada por Trump em 20 de janeiro de 2025, estabelece que aqueles que não tiverem outra base legal para permanecer no país deverão abandoná-lo voluntariamente ou enfrentar procedimentos de deportação a partir de 24 de abril.

Segundo um rascunho do Departamento de Segurança Nacional (DHS), assinado pela secretária Kristi Noem, a finalização do programa também revoga os vistos de viagem pendentes, os formulários de apoio confirmados (I-134A) e a autorização de emprego derivada do parole.

O DHS argumentou que a política implementada pela administração Biden não reduziu a migração irregular nem melhorou a segurança nas fronteiras, e que, além disso, sobrecarregou os recursos públicos e o sistema judicial migratório.

Desde o seu início em 2023, o programa conhecido como CHNV permitiu a entrada de mais de 532.000 pessoas de Cuba, Venezuela, Haiti e Nicarágua. Desses, pelo menos 110.000 cubanos receberam autorização para viajar e milhares ainda aguardavam seu processo migratório.

A decisão da administração Trump também poderia afetar mais de 800.000 pessoas no total, incluindo 240.000 ucranianos e outros beneficiários de diferentes programas de parole.

Perguntas frequentes sobre o fim do parole humanitário e seu impacto em migrantes cubanos e de outros países

O que implica o fim do programa de parole humanitário anunciado pela administração Trump?

O anúncio da administração Trump sobre o fim do programa de parole humanitário implica que mais de 500.000 migrantes de Cuba, Venezuela, Haiti e Nicarágua deverão abandonar os Estados Unidos ou enfrentar processos de deportação. A decisão revoga permissões de viagem pendentes e autorizações de emprego derivadas do parole.

Por que o Departamento de Segurança Nacional (DHS) decidiu encerrar o programa de parole?

O DHS argumentou que os programas de permissão não conseguiram reduzir a migração irregular nem melhorar a segurança nas fronteiras. Além disso, saturaram os recursos públicos e o sistema judiciário migratório. Segundo o DHS, as admissões massivas foram contrárias ao espírito original da lei de permissão.

Quais opções têm os migrantes cubanos afetados pelo fim do parole humanitário?

Os migrantes cubanos já presentes nos EUA podem considerar solicitar a residência permanente sob a Lei de Ajuste Cubano, que permite obter a residência após um ano e um dia no país. Também podem explorar outras vias, como o asilo político, dependendo de sua situação pessoal.

Quais são as críticas da Anistia Internacional em relação ao fim do parole humanitário?

Amnistia Internacional criticou duramente a decisão de terminar o parole humanitário, considerando-a uma reafirmação do desprezo de Trump pelos direitos humanos e pelas obrigações internacionais dos EUA. A organização alerta sobre as "consequências devastadoras" para mais de 500.000 migrantes afetados.

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Equipe Editorial da CiberCuba

Uma equipe de jornalistas comprometidos em informar sobre a atualidade cubana e temas de interesse global. No CiberCuba, trabalhamos para oferecer notícias verídicas e análises críticas.

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