Governo de Trump inicia demissões em massa na Voice of America

A administração Trump justifica a medida como um esforço para reduzir o tamanho do governo federal e critica as decisões editoriais recentes da VOA, acusando-a de viés esquerdista.

Uma oficina da Voz das AméricasFoto © site da VOA

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Após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinar na última sexta-feira uma ordem executiva que reduz significativamente as operações da Voice of America (VOA) e outras organizações de mídia financiadas pelo governo, estas foram colocadas em um estado de funcionamento mínimo exigido pela lei.

Esta decisão levou a que mais de 1.300 funcionários da VOA fossem colocados em licença administrativa paga, silenciando efetivamente a instituição de 83 anos conhecida por promover a liberdade e a democracia em todo o mundo, informou a agência AP.

A ordem também afeta outras redes-chave como Radio Free Europe/Radio Liberty, Radio Free Asia e Radio Martí, que têm sido fundamentais na luta contra o autoritarismo.

Críticos, incluindo a Reporteros Sin Fronteras e líderes dessas redes, condenam a medida, considerando-a uma desvinculação do papel dos Estados Unidos como defensor da informação livre, lembrou a agência EFE.

A administração Trump justifica a medida como um esforço para reduzir o tamanho do governo federal e critica as decisões editoriais recentes da VOA, acusando-a de viés esquerdista.

No entanto, empregados da VOA, como a correspondente do Pentágono Carla Babb, expressam preocupação por serem silenciados durante esta licença indefinida, destacando que essa ação poderia ser celebrada por regimes autoritários que a VOA desafiou com seu jornalismo independente.

Além disso, a administração nomeou Kari Lake, uma leal ao movimento Make America Great Again (MAGA) e ex-apresentadora de notícias que perdeu duas vezes em eleições estaduais no Arizona, como assessora especial da Agência de Mídia Global dos Estados Unidos (USAGM), entidade que supervisiona a VOA.

Este nomeação gerou críticas e preocupações sobre a possível politização dos meios financiados pelo governo.

No domingo também foi divulgado que todos os contratantes do Escritório de Transmissões para Cuba (Radio y TV Martí) receberam um e-mail onde foi notificado que devem interromper seu trabalho imediatamente.

A notícia foi confirmada pelo jornalista Roberto Céspedes, que trabalhou para a USAGM e acrescentou que a esses trabalhadores também não será permitido acessar as instalações nem os sistemas da agência.

O despido será efetivo no próximo dia 31 de março, às 23h59, indicou Céspedes.

A decisão de desmantelar a VOA e outras organizações de mídia financiadas pelo governo foi recebida com preocupação por defensores da liberdade de imprensa, que argumentam que essa ação compromete a capacidade dos Estados Unidos de promover a democracia e oferecer informações objetivas em todo o mundo.

Perguntas frequentes sobre os despedimentos em massa na Voice of America e na Radio e TV Martí

Por que o governo Trump iniciou demissões em massa na Voice of America?

O governo de Trump iniciou demissões em massa na Voice of America (VOA) como parte de uma ordem executiva para reduzir o tamanho do governo federal. Segundo a administração, a medida busca eliminar componentes e funções não estatutárias da Agência dos Estados Unidos para os Meios Globais (USAGM), acusando a VOA de viés esquerdista e de mau uso de recursos públicos.

Qual é o impacto do fechamento da Radio e TV Martí em Cuba?

O fechamento da Radio e TV Martí pode ter um impacto significativo em Cuba, já que midos têm sido uma fonte vital de informação para os cubanos, denunciando abusos do regime e promovendo a democracia. A Fundação Nacional Cubano Americana (FNCA) alerta que seu fechamento beneficiaria o regime cubano, que durante anos tem buscado silenciar essas vozes.

Quais acusações a Agência dos Estados Unidos para os Meios Globais (USAGM) enfrenta?

A USAGM enfrenta graves acusações de violações de segurança nacional, corrupção e má utilização de fundos públicos. Denúncias apontam infiltração de espiões e simpatizantes de terroristas, além de gastos exorbitantes em contratos e acordos que não beneficiam os contribuintes americanos.

Como a comunidade internacional reagiu aos desligamentos na VOA e na Radio Martí?

A comunidade internacional, incluindo defensores da liberdade de imprensa como Reporteros Sin Fronteras, criticou a medida, argumentando que socava a capacidade dos Estados Unidos de promover a democracia e oferecer informações objetivas em todo o mundo. Considera-se que essas ações enfraquecem o papel dos EUA como defensor da informação livre.

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