Revelam trama de corrupção em empresa de gás liquefeito: Diretores da CUPET são cúmplices

Um motorista de caminhões de distribuição de botijões de gás foi detido por acusações de malversação e associação ilícita.

Cilindros de gás liquefeito em CubaFoto © Granma

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O regime cubano revelou uma teia de corrupção na Empresa de Gás Liquefeito de Havana, que envolve diretores da União Cuba Petróleo (CUPET).

Según reportou o perfil oficialista CiberGuerrero AntidelitosCubanos, relacionado com o Ministério do Interior (MININT), uma investigação revelou que as operações eram lideradas por Niuvis Suárez Mola e por Iván Agustín Lora Alfredo, funcionária e diretor, respectivamente, da Empresa de Gás Liquefeito de Havana.

A trama envolve o desvio sistemático de recursos e a complicidade de diretores da CUPET, que teriam recebido subornos de Niuvis Suárez Mola, em troca de facilitar contratos irregulares e encobrir seus atos.

Um motorista de caminhões de distribuição de botijões de gás, cúmplice de Suárez Mola, foi detido sob acusação de malversação e associação ilícita. A identidade do homem não foi revelada.

Facebook / CiberGuerrero AntidelitosCubanos

A nota expõe que Suárez Mola e sua subordinada, Amanda, desviavam botijões de gás para sua venda ilegal e estes eram transportados pelo detido, que mantinha uma relação pessoal com Suárez.

Presuntamente, Suárez Mola e Amanda haviam acumulado também "grandes quantidades" de leite condensada, destinadas aos balanços trabalhistas, e teriam distribuído menos de 30% aos trabalhadores, para ocultar o restante em escritórios e residências de pessoas próximas.

“Ela usava esses produtos como moeda de suborno ou para se enriquecer”, informou o meio oficial a partir de declarações de uma suposta fonte anônima.

Amanda foi identificada como uma das "cabeças pensantes" do esquema. Coordenou o roubo de botijões de gás e a manipulação de inventários para beneficiar negócios privados.

Facebook / CiberGuerrero AntidelitosCubanos

Na empresa, ao que parece, continuou-se a roubar o produto nos períodos de maior escassez e tudo isso teria ocorrido sob a direção de Lora Alfredo.

"O diretor geral da empresa não apenas ignorou as irregularidades, mas também se beneficiou diretamente delas. Além de receber parte dos recursos desviados, utilizava oficinas estatais para reparar veículos particulares, lucrando com bens públicos", insistiu a nota.

Um delator, a quem a nota se refere eufemisticamente como "agente especial infiltrado", apontou que Niuvis Suárez Mola tentava evadir responsabilidades e que a rede ia além da empresa de gás, chegando a estruturas estatais chave.

Ante a magnitude dos fatos, a Oficina Nacional de Inspeção do Trabalho assegurou que iniciará uma inspeção na empresa para auditar gastos, inventários e orçamentos. "O objetivo: determinar a extensão total dos desvios e garantir que os responsáveis prestem contas".

Estes fatos ocorrem em um contexto no qual a distribuição de gás liquefeito em Cuba tem enfrentado sérias dificuldades, afetando milhões de lares cubanos que dependem desse combustível para cozinhar.

A instabilidade no fornecimento levou a constantes atrasos e limitações nas vendas, obrigando as autoridades a buscar alternativas para garantir sua disponibilidade.

Este mês também ficou conhecida a recente detenção de um grupo de cidadãos que acaparavam e revendiam gasolina ou cobravam por turnos - os chamados "coleros" - para acessar o servicentro Alameda, localizado em Santa Catalina e Poey.

O fiscal chefe do município, Rolando López Merino, afirmou que os envolvidos no mercado negro de combustível serão severamente punidos, uma vez que cometeram seus delitos em um momento em que o país enfrenta uma grave crise energética, o que constituirá um agravante durante o julgamento.

No entanto, seu discurso ignorou as causas estruturais do problema, derivadas da má administração governamental, da corrupção nas empresas estatais e da falta de transparência na distribuição dos recursos.

Perguntas frequentes sobre a corrupção na Empresa de Gás Liquefeito de Havana e a situação do gás liquefeito em Cuba

Quem está envolvido no esquema de corrupção na Empresa de Gás Liquefeito de Havana?

Os principais envolvidos na trama de corrupção são Niuvis Suárez Mola e Iván Agustín Lora Alfredo, que lideraram operações de desvio de recursos e subornos dentro da Empresa de Gás Liquefeito de Havana, em cumplicidade com diretores da CUPET.

Como a corrupção na CUPET afeta a crise do gás líquido em Cuba?

A corrupção na CUPET agrava a crise do gás liquefeito em Cuba ao desviar recursos essenciais para a população para o mercado negro e beneficiar dirigentes corruptos. Isso contribui para a escassez e o desperdício de recursos vitais, deixando muitas famílias cubanas sem acesso a um fornecimento estável de gás liquefeito para cozinhar.

Que medidas está tomando o governo cubano diante da desvinculação de recursos na Empresa de Gás Licuado?

O governo cubano iniciou uma inspeção na Empresa de Gás Liquefeito para auditar gastos, estoques e orçamentos com o objetivo de determinar a extensão total das irregularidades e garantir que os responsáveis prestem contas.

Qual é a situação do fornecimento de gás liquefeito em Cuba atualmente?

O fornecimento de gás liquefeito em Cuba é insuficiente para atender à demanda existente. Apesar da chegada ocasional de carregamentos, a cobertura é temporária e limitada, o que obriga muitas famílias a recorrerem a alternativas como carvão e lenha para cozinhar.

Que mudanças foram implementadas no regulamento sobre o serviço de gás liquefeito em Cuba?

Recentemente, foram feitas adequações no regulamento para o serviço de gás liquefeito em Cuba, que incluem a possibilidade de manter contratos na ausência do titular e a reorganização da distribuição. Essas medidas buscam otimizar o uso da energia e dos combustíveis em meio à crise atual.

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