Sem luz e sem esperança: Cuba enfrenta apagões com um déficit de mais de 1.600 MW

Os apagões afetam principalmente a região centro-oriental. Oito unidades termoelétricas estão fora de serviço e a falta de combustível agrava a crise.

Cai a tarde na Baía de Santiago de CubaFoto © Facebook / Naturaleza Secreta

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Os cubanos continuam a viver mal todos os dias sem luz e sem esperança de tê-la. O déficit de mais de 1.600 MW que se prevê para esta quarta-feira deixará grande parte do país no escuro, mas principalmente a região central e oriental.

Na terça-feira, o serviço foi interrompido durante 24 horas, e continuou assim ao longo da madrugada de hoje. A maior interrupção foi de 1.748 MW às 19h10, coincidente com o horário de maior consumo, e maior do que o planejado devido a uma demanda superior à prevista.

Segundo o relatório da União Elétrica, nesta quarta-feira, às 7:00 da manhã, o Sistema Electroenergético Nacional (SEN) apresentava uma afecção de 667 MW, com maior incidência na zona centro-oriental. Para o meio-dia, estima-se que o número chegue a 1.100 MW, com igual ênfase na mesma região.

Captura do Facebook / União Elétrica UNE

Por sua parte, a capital continua sendo favorecida, apesar de também sofrer cortes de eletricidade, mas menos do que o resto das províncias.

A Empresa Elétrica de Havana anunciou para hoje que, devido ao déficit de geração, é necessário afetar os clientes associados aos blocos 3 e 4 no horário das 10:00 às 15:00.

A partir de então, será afetado o bloco 1 até às 19h. Enquanto isso, entre 18h e 20h, será afetado o bloco 2.

Captura de Facebook / Empresa Elétrica de Havana

Além do déficit, há um total de oito unidades termoelétricas do país fora de serviço devido a falhas ou manutenção que complicam a situação.

Estão avariados os blocos: o 3 da CTE Renté, o 3 da CTE Santa Cruz e os 1 e 2 da CTE Felton.

Em manutenção estão os blocos 2 da CTE Santa Cruz, os 3 e 4 da CTE Cienfuegos e o 5 da CTE Renté.

Outras incidências que afetam o serviço são as limitações térmicas, que deixaram 360 MW fora de operação.

Além disso, devido à falta de combustível, estão sem operar 76 centrais de geração distribuída, 68 MW na central a petróleo de Mariel e 54 MW na Patana de Regla, totalizando 658 MW afetados por essa razão.

Para o horário de pico, espera-se a recuperação de 80 MW em motores de geração distribuída que estão fora por falta de combustível, além da entrada da Unidade 3 da CTE Renté com 65 MW.

Com essa previsão, estima-se uma disponibilidade de 1.629 MW e uma demanda máxima de 3.200 MW, o que geraria um déficit de 1.571 MW. Se essas condições se mantiverem, a afetação pode chegar a 1.641 MW, com maior incidência na região centro-oriental, como tem ocorrido nas horas anteriores.

Perguntas frequentes sobre a crise energética em Cuba

Qual é o déficit atual de geração elétrica em Cuba?

O déficit atual de geração elétrica em Cuba supera os 1.700 MW, afetando gravemente o fornecimento de energia durante os horários de pico. Isso se deve à falta de capacidade para atender à demanda nacional, que ultrapassa amplamente a disponibilidade de geração.

Quais são as principais causas dos apagões em Cuba?

Os apagões em Cuba são causados principalmente pela indisponibilidade de várias unidades termelétricas devido a falhas e manutenções, assim como pela falta de combustível que afeta as centrais de geração distribuída. Essas limitações impedem o atendimento adequado da demanda elétrica do país.

Como os apagões estão afetando a vida diária dos cubanos?

Os apagões impactam significativamente a vida diária dos cubanos, dificultando atividades essenciais como o preparo de alimentos e o uso de eletrodomésticos. Além disso, geram frustração e descontentamento social, afetando a qualidade de vida geral da população.

Que medidas o governo cubano tomou diante da crise energética?

Até o momento, as medidas implementadas pelo governo cubano têm sido insuficientes para resolver a crise energética. Não foram estabelecidas soluções efetivas a longo prazo, e a população continua sofrendo os efeitos dos apagões, o que tem levado a um crescente descontentamento e protestos em diversas regiões.

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