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Os apagões em Cuba continuam a afetar a população sem uma solução visível. A União Elétrica de Cuba (UNE) informou em seu relatório diário que neste domingo 23 o serviço eléctrico permaneceu afetado durante as 24 horas devido ao déficit de capacidade de geração, uma situação que se prolongou até a madrugada de hoje, segunda-feira. A maior afetacão registrada foi de 1.572 MW às 19h20, coincidentemente com o horário de maior demanda.
Este segunda-feira, a disponibilidade do Sistema Electroenergético Nacional (SEN) é de 1.384 MW, enquanto a demanda atinge 2.360 MW, o que provoca uma afetação de 966 MW. Espera-se que ao meio-dia a afetação aumente para 1.350 MW, com maior impacto na região centro-oriental do país.
As principais ocorrências relatadas incluem falhas na Unidade 3 da CTE Santa Cruz, na Unidade 3 da CTE Renté e nas Unidades 1 e 2 da CTE Felton. Além disso, estão em manutenção a Unidade 2 da CTE Santa Cruz, as Unidades 3 e 4 da CTE Cienfuegos e a Unidade 5 da CTE Renté. Também há 392 MW fora de serviço devido a limitações térmicas e problemas com o fornecimento de combustível que afetam 83 centrais de geração distribuída, a central fuel de Mariel e a Patana de Regla, totalizando 729 MW fora de serviço por essa causa.
Para o horário de pico desta segunda-feira, 24 de fevereiro, projeta-se uma disponibilidade de 1.484 MW e uma demanda máxima de 3.150 MW, o que geraria um déficit de 1.666 MW. Se essas condições se mantiverem, a afetacão poderá alcançar 1.736 MW, com maior incidência na zona centro-oriental do país.
Em Havana, a Empresa Elétrica anunciou cortes programados em diferentes horários devido ao déficit de geração. Das 10h às 14h, os blocos 3 e 4 serão afetados; das 14h às 17h, o corte será rotacionado para o bloco 2; e das 17h às 20h, o serviço será interrompido no bloco 1. As contas oficiais da Empresa Elétrica de Havana no Telegram, X e Facebook continuarão a fornecer informações atualizadas à população, e a linha telefônica 18888 estará disponível para consultas diretas.
A crise elétrica em Cuba tem sido persistente nos últimos anos, afetando a qualidade de vida dos cidadãos, a economia e o funcionamento dos serviços públicos. As promessas de melhorias e novos investimentos no setor energético não conseguiram evitar a prolongação dos apagões, que continuam sendo um problema diário na ilha.
Cuba atravessa uma séria crise energética, com apagões que superaram as 20 horas diárias em várias províncias. O especialista em petróleo Jorge Piñón alertou que o sistema elétrico nacional pode colapsar nos próximos meses, devido ao deterioramento das termoelétricas e à falta de combustível para sustentar a geração de eletricidade.
Este domingo, a Unión Eléctrica (UNE) confirmou que 11 unidades termoelétricas estavam fora de serviço, sete delas por avarias graves e quatro em manutenção. Essa situação provocou um déficit de 1.630 MW, o que levou a cortes prolongados no fornecimento elétrico, especialmente na zona centro-oriental do país. No dia anterior, a afetação por déficit energético já havia alcançado 1.557 MW, com nove termoelétricas inoperantes e mais de 70 centrais de geração distribuída paralisadas por falta de combustível.
En meio deste duro panorama de crise, o Festival de Salsa 2025 em Havana começou no dia 19 de fevereiro com concertos no Club 500 e no Hotel Memories Miramar. Enquanto os cubanos sofriam apagões de até um dia completo, o evento contou com um amplo despliegue de luzes e som, gerando fortes críticas pela desconexão das autoridades com a realidade do país.
Em uma tentativa de mitigar a crise, no dia 18 de fevereiro, o petroleiro russo Akademik Gubkin chegou a Cuba, com 790.000 barris de petróleo. No entanto, especialistas apontaram que esses suprimentos são soluções temporárias e questionaram o destino do petróleo bruto pesado cubano, que deveria estar sendo utilizado nas usinas termelétricas, mas cuja distribuição continua incerta.
A situação energética continua crítica na ilha, com quedas diárias de energia e uma infraestrutura elétrica em franco deterioração, enquanto a população enfrenta dificuldades crescentes para acessar serviços básicos em meio à crise.
Perguntas frequentes sobre a crise energética em Cuba
Qual é a situação atual dos apagões em Cuba?
Os apagões em Cuba continuam sem solução à vista, com um déficit de geração elétrica que supera 1.700 MW. Esta crise energética afeta gravemente a qualidade de vida da população e o funcionamento dos serviços básicos na ilha.
Quais são as causas por trás dos apagões em Cuba?
Os apagões em Cuba são principalmente causados por falhas nas unidades termoelétricas e a escassez de combustível, o que limita a capacidade de geração. Além disso, a manutenção de algumas unidades e as limitações térmicas agravam a situação.
Como os apagões afetam a população cubana?
Os apagões impactam significativamente o dia a dia dos cubanos, dificultando atividades essenciais como a preparação de alimentos e o uso de eletrodomésticos. Também geram frustração social, especialmente na véspera de eventos importantes.
Que medidas estão sendo tomadas para resolver a crise energética em Cuba?
Embora tenham sido implementadas algumas medidas, como a chegada de petróleo e a manutenção de unidades geradoras, as soluções têm sido insuficientes e não foi estabelecido um plano efetivo a longo prazo para resolver a crise energética na ilha.
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