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A opositora cubana Martha Beatriz Roque, economista e ativista crítica do governo da ilha, foi transferida nesta segunda-feira para fora da unidade de terapia intensiva do Hospital "Hermanos Ameijeiras" em Havana, após apresentar uma melhora em seu estado de saúde.
"La condição de Martha passou de grave a ser reportada como crítica, mas com um critério favorável", disse um acompanhante da ativista ao meio independente CubaNet.
De acordo com o critério médico do doutor Luis Ochoa, chefe da sala e especialista em cardiologia, compartilhado pelo opositor e ex-preso político Ángel Moya Acosta, Roque foi recebida na sala de Medicina de Cuidados em estado consciente, orientada e com estabilidade clínica e hemodinâmica, além de ter controle de sua pressão arterial.
Atualmente, recebe tratamento com antibióticos devido a uma bronconeumonia, assim como insulina para o controle de sua diabetes. Sua alimentação é fornecida tanto pelo hospital quanto por familiares e amigos.
A opositora se encontra em um quarto individual no andar 19-A do hospital, acompanhada por uma pessoa de sua confiança, embora sem direito a visitas familiares ou de amigos.
Entre as pessoas que estiveram presentes em seu processo de recuperação está Berta Soler Fernández, líder do movimento dissidente Damas de Blanco.
Fontes próximas à ativista denunciaram que sua recuperação está ocorrendo sob um forte operativo da Segurança do Estado, com a presença de agentes dentro e fora do hospital, em conjunto com a Polícia Nacional.
Según informes, seu quarto foi preparado antes de ser transferido da terapia intensiva e o acesso à sua área de hospitalização está sob um controle rigoroso.
Martha Beatriz Roque é reconhecida por sua firme oposição ao regime cubano e seu ativismo em defesa dos direitos humanos na ilha.
Em 1997, junto a Vladimiro Roca, Félix Bonne e René Gómez Manzano, Roque coautorizou o documento "A Pátria é de Todos", que criticava a situação dos direitos humanos em Cuba e defendia reformas políticas e econômicas. Essa ação levou à sua prisão e posterior condenação por sedição, sendo liberada em 2002 após cumprir quase toda a sua sentença.
Durante a Primavera Negra de 2003, foi presa novamente junto a outros 74 dissidentes em uma onda repressiva contra a oposição. Em um julgamento sumário, foi condenada a 20 anos de prisão por "atos contra a independência ou a integridade territorial do Estado". Devido ao seu delicado estado de saúde, agravado por condições como diabetes e insuficiência renal, foi liberada antecipadamente em 2004.
Em 2005, fundou a Assembleia para Promover a Sociedade Civil em Cuba, uma organização que busca fomentar a participação cidadã e promover mudanças democráticas no país. Ao longo dos anos, enfrentou múltiplas detenções e assédios por parte das autoridades cubanas devido ao seu ativismo.
No início de fevereiro deste ano, Roque, de 78 anos, foi internada devido a complicações decorrentes de sua diabetes e insuficiência renal severa. Seu estado foi relatado como grave, mas estável, apresentando bronconeumonia bacteriana e comprometimento neurológico significativo.
A comunidade internacional expressou sua solidariedade com Roque. A Embaixada dos Estados Unidos em Cuba destacou seu papel como defensora dos direitos humanos e sua luta inabalável por liberdades fundamentais.
Perguntas frequentes sobre Martha Beatriz Roque e sua situação atual
Qual é o estado de saúde atual de Martha Beatriz Roque?
Martha Beatriz Roque apresentou uma melhora em seu estado de saúde e foi transferida para fora da unidade de terapia intensiva do Hospital "Hermanos Ameijeiras" em Havana. Atualmente, seu estado é considerado estável com critério favorável.
Por que Martha Beatriz Roque é uma figura emblemática da dissidência cubana?
Martha Beatriz Roque é reconhecida por sua firme oposição ao regime cubano e seu ativismo em defesa dos direitos humanos. Foi a única mulher presa durante a Primavera Negra de 2003, quando o regime cubano reprimiu 75 dissidentes. Ela enfrentou múltiplas detenções e hostilidades devido ao seu ativismo.
Quais medidas de segurança cercam Martha Beatriz Roque no hospital?
A recuperação de Martha Beatriz Roque no hospital ocorre sob um forte esquema da Segurança do Estado, com presença de agentes dentro e fora do hospital, em conjunto com a Polícia Nacional. Mantém-se um controle rigoroso sobre o acesso à sua área de internação.
Quais complicações de saúde Martha Beatriz Roque enfrenta?
Martha Beatriz Roque enfrenta complicações derivadas de sua diabetes e insuficiência renal severa, além de uma broncopneumonia bacteriana. Ela está recebendo tratamento com antibióticos e insulina para controlar essas condições.
Como a comunidade internacional reagiu à situação de Martha Beatriz Roque?
A comunidade internacional expressou sua solidariedade a Martha Beatriz Roque. A Embaixada dos Estados Unidos em Cuba destacou seu papel como defensora dos direitos humanos e sua luta inabalável por liberdades fundamentais na ilha.
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