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O regime cubano restringiu o acesso à Internet do opositor José Daniel Ferrer, líder da União Patriótica de Cuba (UNPACU), segundo denunciou sua esposa Ana Belkis Ferrer.
A medida ocorre em um contexto em que, após sua libertação, Ferrer continuou com seu trabalho de oposição e até rejeitou convocações da polícia e da Segurança do Estado cubano.
“A tirania os quer incomunicar e isolar. Será que vão atrás deles?”, diz a mensagem publicada nas redes sociais pela esposa do opositor.
A restrição do acesso à Internet é uma estratégia recorrente utilizada pelo governo cubano para silenciar vozes críticas e limitar a divulgação de informações independentes.
José Daniel Ferrer foi liberado em 16 de janeiro de 2025 após passar três anos e meio na prisão.
Sua libertação ocorreu no contexto de um acordo entre o regime cubano, o Vaticano e os Estados Unidos, que previa a liberação gradual de 553 prisioneiros políticos.
Após sua libertação, Ferrer enviou uma mensagem de firmeza e esperança aos cubanos, instando-os a perder o medo porque "o opressor está cada vez mais assustado".
Afirmou: "Não tenham medo de lutar por uma Cuba livre, justa, próspera, não tenham medo de trabalhar por um futuro melhor para todos os cubanos, para que não tenhamos que sair em busca de liberdade e de melhores condições de vida em outras terras".
No entanto, Ferrer criticou o acordo que facilitou sua soltura, apontando que não sente gratidão em relação a "nenhum processo ou negociação indigna que acabe beneficiando a ditadura".
Expressou sua preocupação de que, embora alguns presos políticos sejam libertados, o regime possa encarcerar mais pessoas no futuro e utilizar essas liberações como moeda de troca em negociações internacionais.
El 27 de janeiro de 2025, rejeitou uma intimação policial em Santiago de Cuba, afirmando: "Eu não vou a lugar nenhum".
Reiterou sua postura de não colaborar com o que classifica como estratégias repressivas do regime cubano e assegurou: "Pela liberdade e o bem-estar do meu povo, dou até a vida. Não me assusta a prisão".
Além disso, Ferrer alertou sobre uma possível detenção e reiterou seu compromisso com a liberdade de Cuba.
Em uma mensagem divulgada em 28 de janeiro de 2025, denunciou que as forças repressivas do regime poderiam cortar seu sinal de internet, invadir sua casa e encarcerá-lo devido à sua recusa em permanecer em silêncio diante dos abusos e crimes cometidos contra o povo cubano.
Apesar dessas ameaças, afirmou: "Recuso-me a que o regime me silencie. Recuso-me a me deixar intimidar. Vou continuar lutando hoje, amanhã e sempre enquanto viver, fora ou dentro das prisões, por liberdade, democracia, respeito aos direitos humanos e bem-estar para minha nação".
A comunidade internacional reagiu à sua libertação e situação atual. O chefe da Embaixada dos Estados Unidos em Havana, Mike Hammer, expressou sua satisfação pela soltura de Ferrer e reiterou o pedido de liberdade para todos os prisioneiros políticos em Cuba.
Apesar de sua libertação, Ferrer continua enfrentando desafios e mantém seu compromisso com a luta por uma Cuba livre e democrática.
Perguntas frequentes sobre José Daniel Ferrer e a repressão em Cuba
Por que José Daniel Ferrer não tem acesso à Internet?
O regime cubano restringiu o acesso à Internet de José Daniel Ferrer como parte de uma estratégia para silenciar opositores e limitar a disseminação de informações independentes na ilha. Essa medida visa descomunicar e isolar Ferrer, que tem sido uma voz crítica contra o governo cubano.
Qual é a postura de José Daniel Ferrer após sua libertação?
José Daniel Ferrer mantém seu compromisso com a luta por uma Cuba livre e democrática. Apesar de ter sido libertado, rejeita as condições impostas e critica qualquer negociação que beneficie o regime. Continua sendo uma figura proeminente na oposição, enfrentando novos desafios e ameaças de encarceramento.
Como a comunidade internacional tem reagido à situação de José Daniel Ferrer?
A comunidade internacional, incluindo países como os Estados Unidos e diversas organizações de direitos humanos, demonstrou preocupação com a situação de Ferrer e outros presos políticos em Cuba. Os Estados Unidos condenaram a perseguição contra Ferrer e reiteraram seu compromisso com a defesa dos direitos humanos na ilha.
O que é a União Patriótica de Cuba (UNPACU)?
A União Patriótica de Cuba (UNPACU) é um movimento opositor fundado por José Daniel Ferrer em 2011, após sua libertação. A UNPACU dedica-se a coordenar a resistência cívica e exigir reformas democráticas, liberdade de expressão e respeito pelos direitos humanos em Cuba. É um dos grupos opositores mais ativos na ilha.
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