Os Estados Unidos se tornam o segundo país com mais falantes de espanhol no mundo.

O estudo destaca que, pela primeira vez, o número de hispanofalantes ultrapassou 600 milhões de pessoas em todo o planeta.

Calle 8 de Miami, Florida © CiberCuba
Rua 8 de Miami, FloridaFoto © CiberCuba

Os Estados Unidos, com uma população de falantes de espanhol que já ultrapassa 57,4 milhões, superou a Colômbia e se tornou o segundo país com o maior número de pessoas que falam o idioma espanhol, atrás apenas do México.

Assim indica o relatório "O espanhol: Uma língua viva 2024", elaborado pelo catedrático David Fernández da Universidade de Alcalá e publicado pelo Instituto Cervantes, que é responsável pela promoção internacional da língua espanhola.

Desde há cinco anos, foi divulgado que nos Estados Unidos o uso do espanhol cresce com mais força, graças à comunidade latina do país e à crescente migração.

De acordo com a CNN, o México possui cerca de 132 milhões de pessoas que se comunicam em espanhol, à frente dos Estados Unidos, Colômbia (52,6), Espanha (48), Argentina (47), Venezuela (34) e Peru (34), além de Chile (20), Equador (17) e Guatemala (17), sempre em números arredondados.

Da mesma forma, a Bolívia soma 12, Cuba e a República Dominicana cerca de 11 em cada caso, enquanto Honduras ocupa a posição seguinte com 10, mais de sete milhões tanto o Paraguai quanto a Nicarágua; El Salvador (6), Costa Rica (5), Panamá (4,5), cerca de 3 tanto o Uruguai quanto Porto Rico e aproximadamente 1,5 na Guiné Equatorial.

O estudo destaca que, pela primeira vez, a quantidade de hispanohablantes no mundo ultrapassa os 600 milhões, um número que confirma o espanhol como a segunda língua mais relevante em termos de falantes nativos e a quarta quando se considera aqueles que a falam como segunda língua ou idioma estrangeiro.

Aproximadamente 7,2 por cento da população mundial se comunica através deste idioma, embora em diferentes níveis de competência.

Fernández, doutor em Língua Espanhola e Literatura e que trabalhou durante 15 anos no projeto anual do Instituto Cervantes, destaca que a pesquisa introduz mudanças na classificação dos falantes nativos e não nativos.

Essas variações são baseadas em estudos que consideram a influência do espanhol em países como os Estados Unidos e a União Europeia, além da forma como se contabilizam os estudantes do idioma em nível global.

O crescimento do ensino do espanhol na Europa é um dos principais aspectos mencionados no relatório, que revela como o idioma tem gradualmente superado o francês como a segunda língua estrangeira mais procurada na maioria dos níveis educacionais. No entanto, no Brasil, o idioma perdeu força devido à eliminação da obrigatoriedade do ensino da língua nas escolas.

Por outro lado, o espanhol enfrenta um retrocesso na educação superior dos Estados Unidos, onde o número de estudantes tem diminuído nos últimos anos. Essa queda pode se refletir em outros níveis de educação e limitar sua expansão em uma das principais nações de falantes do idioma.

Futuro da Comunidade Hispânica e Projeções Demográficas

As projeções populacionais da ONU moderam o crescimento esperado de hispanofalantes. Espera-se que o número máximo de falantes de espanhol seja alcançado em 2066, com 682 milhões. A partir de então, começaria a diminuir gradualmente até o final do século, situando a comunidade hispanofalante em 6,3 por cento da população mundial em 2100.

No entanto, o relatório estima que a redução no número de falantes nativos será parcialmente compensada pelo aumento de pessoas que adotam o espanhol como segundo idioma, especialmente nos Estados Unidos, um país que acolhe cada vez mais hispanohablantes e que pode continuar ampliando sua base de usuários de espanhol em um contexto multilíngue.

O que você acha?

COMENTAR

Arquivado em:


Tem algo a relatar? Escreva para a CiberCuba:

editores@cibercuba.com +1 786 3965 689