Atriz Amarilys Núñez denuncia roubo na Alfândega de Cuba: "É uma vergonha de país"

A atriz expressou que, se ela tivesse sido a vítima em vez de sua irmã, provavelmente estaria presa.

Actriz cubana denuncia robo en aeropuerto de Varadero © Facebook / Aeropuerto Internacional Juan Gualberto Gómez Ferrer y Luis Funes
Atriz cubana denuncia roubo no aeroporto de VaraderoFoto © Facebook / Aeroporto Internacional Juan Gualberto Gómez Ferrer e Luis Funes

A atriz cubana Amarilys Núñez denunciou nesta quarta-feira nas redes sociais que sua irmã foi vítima de um roubo na alfândega do Aeroporto Internacional de Varadero, quando lhe “decomissaram” alguns presuntos e chouriços que enviava para sua mãe.

“Não é a primeira vez que os levo ou que faço chegar a Cuba, sei perfeitamente que não é uma contravenção, que não estou infringindo nenhuma lei, e estavam todos selados a vácuo”, afirmou a popular atriz cubana radicada em Miami, sublinhando que tinha pleno conhecimento de que podia enviar esses alimentos para sua mãe, como havia feito em outras ocasiões sem problemas.

Captura do Facebook / Amarilys Núñez Barrios

Núñez relatou que sua irmã chegou ao aeroporto de Varadero na noite desta terça-feira, onde foi vítima de um roubo ao ter “tudo o que meu trabalho e meu esforço compraram para minha mãe” confiscado, expressou a atriz, visivelmente enfurecida.

Na semana passada, durante uma visita ao Canadá para ver sua sobrinha mais velha e sua família, a atriz cubana Amarilys Núñez aproveitou a ocasião para comprar para sua mãe alguns presuntos e chouriços, produtos que são de sua preferência.

A alfândega do aeroporto de Varadero justificou a apreensão alegando que, por terem sido comprados em um supermercado de Montreal, não levavam o selo distintivo da folha canadense.

“A palavra de ordem em Cuba é roubar, exercer o pobre poder que têm os aduaneiros, para roubar das pessoas honestas que realmente trabalham muito”, apontou a atriz.

Além disso, disse que em Cuba não há lei nem ordem, que as pessoas não sabem o que é honestidade, ressaltando que a moral, a justiça e os valores acabaram: “É uma vergonha para o país, é uma dor no coração de cada cubano, que hoje se sente envergonhado de ser cubano”.

Núñez manifestou que sua frustração é tão grande que lamenta não ter sido ela a chegar ao aeroporto naquela noite, afirmando que, se assim tivesse sido, provavelmente estaria presa neste momento.

Por último, apontou o culpado: “Quem conseguiu que um povo honrado se tornasse esterco?”.

A indignação da atriz cubana Amarilys Núñez se justifica pelo fato de que, desde 2023, o regime cubano autorizou viajantes e pessoas físicas a importar mais alimentos de origem animal como um paliativo para a persistente escassez que ainda não conseguiu resolver.

Diante da grave crise econômica que mergulha o país em uma inflação galopante, com altos preços, escassez e salários que se desvalorizam diariamente, as autoridades cubanas ampliaram o espectro de produtos alimentícios que poderão entrar em território nacional na bagagem de viajantes e pessoas físicas.

Nesse sentido, as autoridades do regime cubano acordaram facilidades para a importação (temporária) de conservas de carne (enlatadas) de bovinos e suínos, devidamente identificadas e de marcas comerciais reconhecidas provenientes da França, Espanha, Portugal, Estados Unidos, Canadá, México, Panamá, Costa Rica, Honduras, Nicarágua, Equador, Colômbia, Brasil, Argentina, Chile e Uruguai.

Assim, foi autorizada a importação (temporal) de conservas de carnes (em lata) de aves provenientes da Espanha, França, República Dominicana, Honduras, Panamá, Costa Rica, Nicarágua, Brasil e Uruguai.

Antes, desde 2022, o regime autorizou a importação de carnes frescas embaladas a vácuo, entre outros produtos alimentícios, diante da grave crise econômica que aflige o país com uma inflação galopante, altos preços, escassez e salários que se desvalorizam a cada dia.

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