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Grande destacamento policial em Santiago de Cuba por medo de protestos populares

A crise energética que se agrava em Cuba e que tem repercussões na população sob a forma de apagões frequentes e prolongados está mais uma vez tensionando o cenário social cubano, com expressões cada vez mais evidentes de inquietação entre os cidadãos.

Imágenes del despliegue policial en Santiago de Cuba © Facebook / Yosmany Mayeta Labrada
Imagens da implantação da polícia em Santiago de Cuba Foto © Facebook / Yosmany Mayeta Labrada

Um grande destacamento policial por medo de protestos populares foi mobilizado nesta quarta-feira em Santiago de Cuba, segundo relatos de usuários de redes sociais que compartilharam imagens da presença de veículos e agentes repressivos nas ruas da cidade.

“Comboio militar sai às ruas de Santiago de Cuba com medo de protestos após o descontentamento popular”, relatou ele em seu o jornalista independente Yosmany Mayeta Labrada, de fontes próprias e anônimas.

Captura de tela Facebook / Yosmany Mayeta Labrada

As imagens partilhadas na sua publicação mostravam camiões, viaturas patrulha e um grande número de agentes da Polícia Nacional Revolucionária (PNR) e tropas especiais do Ministério do Interior (MININT), conhecidos como “boinas pretas”.

“Muitos seguidores me relatam que vários comboios militares, com policiais, 'boinas pretas' e carros-gaiola, estão estacionados em vários bairros periféricos da cidade de Santiago de Cuba e na central Carretera del Morro, epicentro do protesto popular de 17 de março (17M)”, relatou o jornalista.

Além disso, especificou que as imagens compartilhadas correspondiam ao posicionamento de repressores na Rodovia do Morro “em frente ao monumento Eduardo Chibás e nas proximidades da sede do Partido Comunista do Distrito nº 3, Antonio Maceo”.

As fotografias, tiradas de uma distância considerável e à noite, mostram uma rua deserta da cidade repleta de veículos das forças repressivas.

Mayeta Labrada indicou que outros comboios ficariam estacionados “perto da Avenida Martí e no bairro de Altamira, sede da União Patriótica de Cuba (UNPACU), organização de oposição liderada pelo prisioneiro político de consciência, José Daniel García Ferrer”.

A panela de pressão está prestes a explodir!", concluiu o jornalista independente, pedindo aos seus seguidores que enviem testemunhos gráficos e reportagens sobre o grande destacamento policial em Santiago de Cuba.

Captura de tela Facebook / Yosmany Mayeta Labrada

A crise energética que se agrava em Cuba, e que repercute na população sob a forma de apagões frequentes e prolongados, volta a tensionar o panorama social cubano, com expressões cada vez mais evidentes de desconforto entre os cidadãos.

O regime sabe disso e até o previu, como mostrou o MININT nas suas redes sociais em meados de abril. Segundo a instituição repressiva por excelência do regime cubano, a culpa deste possível cenário é do governo dos Estados Unidos e dos políticos desse país que incitam a desordem pública.

Os Estados Unidos lançam novas tentativas para ‘aquecer’ as ruas durante o verão, aproveitando a complexa situação que vive o país, segundo os mais recentes interesses dos seus órgãos de inteligência para gerar ataques contra Cuba, no que chamam de Operação 11.7.24", afirmou o MININT na rede social X.

Determinado a ignorar a legitimidade dos protestos cubanos, fechado a qualquer diálogo com a sociedade civil, recusou-se a reconhecer e tornar efetivos os direitos humanos em Cuba, especialmente a liberdade de imprensa, expressão e associação, e apostou na sua permanência no poder para estratégias de confronto, entrincheiramento e repressão, o regime cubano é o único responsável pelos possíveis surtos que possam ocorrer no país, semelhantes aos do 11J e 17M.

Nesta última ocasião, a faísca que surgiu em Santiago de Cuba espalhou-se por outras cidades, como Bayamo e Cárdenas. Embora os manifestantes tenham protestado de forma espontânea e pacífica, o regime interceptou comunicações na Internet e desencadeou a repressão.

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