"Liberdade": Assim foi a protesto de centenas de cubanos detidos em Alligator Alcatraz



Centenas de cubanos protestaram em Alligator Alcatraz pelas más condições e sua longa detenção. A manifestação, transmitida pelo CiberCuba, denunciou violência e abuso por parte dos guardas.

Interior do Alcatraz AlligatorFoto © Captura de tela Telemundo 51

Um grupo de centenas de cubanos protestou neste domingo no centro de detenção Alligator Alcatraz devido às más condições do centro de detenção e exigindo sua liberdade.

A protesto e o testemunho de vários detentos I220-B que assinaram sua deportação e desejam deixar os EUA, mas que em alguns casos estão detidos há mais de 50 dias, foram transmitidos ao vivo através de CiberCuba pela jornalista Tania Costa.

O estopim da protesto deste domingo que, segundo os testemunhos coletados pelo Cibercuba, se espalhou por todo o centro de detenção, foi um incidente na cantina após que um “senhor idoso” se despisse em protesto pela má alimentação e fosse agredido pelos guardas.

Diante da Protesta dos cubanos contra esta injustiça, os guardas responderam com agressões e gás pimenta

“É um abuso contra a humanidade de nós (…). Estamos gritando liberdade, mostrando que não somos perigosos, que não somos violentos, que somos irmãos unidos”, disse a Cibercuba um dos manifestantes em comunicação telefónica.

Este cubano explicou que cumpriu sua pena e, por 13 anos, não cometeu nenhum crime nos EUA, e mesmo assim querem mantê-lo detido no centro de detenção por mais 180 dias.

Outro dos reclusos, Abel Ducanses Ceballos, comentou que “a água não está sendo dada quente, não nos deixam fazer a barba, estão nos tratando mal”.

Alguns estão detidos há 50, 70 e até 90 dias, “a comida é péssima, uma fome tremenda”.

“Estão nos tratando como se estivéssemos no caminho da morte”, lamentou

Ao que parece, após a magnitude da protesto deste domingo, a empresa privada responsável pela administração do centro tentou negociar com os presos para acordar melhorias nas condições da detenção.

Centenas de cubanos permanecem detidos no centro conhecido como Alligator Alcatraz, na Flórida, sem informações claras sobre sua situação migratória e sob constantes ameaças de deportação.

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