Em meio a crescentes tensões diplomáticas entre os Estados Unidos e Cuba, o encarregado de Negócios do consulado de Washington em Havana, Mike Hammer, continua suas visitas a diferentes regiões do país e seu contato com setores diversos da sociedade cubana.
Apesar dos ataques e acusações do regime, o diplomata chegou a Güines, onde se reuniu com vários moradores e visitou a capela de Santa Bárbara em Cuba, que possui um prêmio de conservação.
"Sigo percorrendo o país, desta vez passando por Güines, visitei a primeira Capela de Santa Bárbara em Cuba e conversei com alguns güineros comuns", afirmou Hammer em uma publicação no Facebook.
Na sexta-feira, o Ministério das Relações Exteriores de Cuba (MINREX) convocou o diplomata e lhe entregou uma Nota Verbal de protesto, na qual o acusa de “incitar cidadãos cubanos a cometer crimes graves” e de “agir contra a ordem constitucional”.
A reunião foi presidida por Alejandro García del Toro, diretor de Temas Bilaterais do MINREX, que qualificou o comportamento do diplomata como “provocador e desrespeitoso”.
As autoridades cubanas afirmam que Hammer promove manifestações a favor dos interesses de uma "potência estrangeira hostil" e viola a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas.
Inclusive, o acusaram de “manipular” a figura de José Martí, após declarações e gestos simbólicos, como sua visita à tumba do Herói Nacional em Santiago de Cuba.
Apesar dessas acusações, Hammer não cessou suas atividades na ilha e disponibilizou um e-mail para que os cubanos que desejarem possam solicitar uma visita sua.
O diplomata experiente reiterou seu interesse em “ouvir diretamente o povo cubano” e em “fortalecer os laços entre os dois países a partir da base”.
Desde há semanas, os meios de comunicação estatais cubanos intensificaram suas críticas a Hammer, acusando-o de liderar uma estratégia de "influência política" e de distorcer a realidade do país; especialmente após ele ter realizado uma entrevista coletiva em Miami e afirmado que "a revolução fracassou".
Em resposta à nota de protesto do MINREX, o governo dos Estados Unidos manifestou seu apoio absoluto ao seu representante em Havana.
Perguntas frequentes sobre o conflito diplomático entre os EUA e Cuba
Por que o regime cubano acusa Mike Hammer de incitar a população?
O regime cubano acusa Mike Hammer de incitar a população porque consideram que suas ações promovem manifestações a favor de interesses estrangeiros hostis e violam a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas. Hammer tem realizado encontros com opositores e representantes da sociedade civil, o que o regime interpreta como provocação e ingerência política.
Qual tem sido a resposta dos Estados Unidos às acusações contra Mike Hammer?
Os Estados Unidos expressaram seu apoio absoluto a Mike Hammer em resposta às acusações do regime cubano. O governo americano destacou o trabalho do diplomata em prol dos direitos humanos e da liberdade na ilha, sublinhando que suas ações buscam fortalecer os laços com o povo cubano e não violam normas diplomáticas.
Como o regime cubano reagiu às visitas de Hammer a diferentes regiões de Cuba?
O regime cubano intensificou suas críticas a Mike Hammer após suas visitas a diversas regiões de Cuba, acusando-o de manipular a figura de José Martí e de incitar à subversão. As autoridades expressaram seu descontentamento pela sua interação direta com a população e setores da oposição, considerando-o um desafio ao seu controle narrativo.
O que Mike Hammer declarou sobre a situação em Cuba?
Mike Hammer declarou que a revolução cubana fracassou e que o descontentamento popular é generalizado. Durante suas visitas à ilha, afirmou que a falta de eletricidade, combustível, alimentos e medicamentos é responsabilidade do regime cubano, independentemente das políticas dos Estados Unidos.
Como tem impactado a atividade diplomática de Hammer na relação Cuba-EUA?
A atividade diplomática de Hammer exacerbou as tensões entre Cuba e os EUA. Sua agenda de encontros com a sociedade civil cubana tem sido vista pelo regime como uma ameaça, intensificando as fricções diplomáticas e levando a protestos formais por parte do governo cubano contra o que consideram interferência americana.
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