Em uma visita realizada nesta quarta-feira ao município de Martí, na província de Matanzas, o governante cubano Miguel Díaz-Canel Bermúdez se dirigiu aos habitantes com um discurso que buscava abordar as graves afetações provocadas pelos prolongados apagões.
Segundo reconheceu o próprio mandatário, a população local tem enfrentado cortes de energia de até 32 horas consecutivas, uma situação que gerou um crescente descontentamento entre os matanceros, que veem como a falta de eletricidade complica ainda mais sua vida diária.
O Governo Provincial do Poder Popular em Matanzas realizou uma transmissão ao vivo através de sua página no Facebook, onde Díaz-Canel iniciou sua intervenção reconhecendo os sacrifícios dos cidadãos e a difícil conjuntura que o país atravessa.
Fazendo uso da mesma retórica de sempre e cercado por uma forte presença de seguranças, o governante atribuiu as longas interrupções do serviço elétrico a problemas como o embargo dos Estados Unidos e as limitações econômicas internas, e assegurou que o governo está trabalhando em múltiplas frentes para mitigar a crise energética, destacando que a unidade do povo cubano é fundamental para superar os desafios atuais.
Nesse sentido, o mandatário detalhou que estão sendo instalados parques fotovoltaicos em diferentes regiões do país, incluindo dois em Matanzas, que contribuirão com mais de 170 megawatts para metade do ano e até mil megawatts para o final de 2025.
Além disso, destacou planos para alcançar o autoabastecimento municipal, fortalecendo a produção agrícola local, com ênfase em culturas como arroz e feijão, bem como a recuperação de terras de pastagem, uma promessa que o regime tem repetido ao longo dos anos sem resultados concretos.
Díaz-Canel também se referiu às críticas que surgem nas redes sociais, descrevendo como “odiadores” aqueles que questionam a gestão governamental.
Nesse sentido, afirmou que a presença de milhares de pessoas em um ato público em meio a essas circunstâncias demonstra o compromisso do povo com o projeto revolucionário.
Em resumo, o discurso de Díaz-Canel em Matanzas reconheceu os graves problemas de energia que a população enfrenta, mas manteve um tom que para muitos é familiar: uma combinação de promessas para o futuro e chamados à unidade diante dos desafios.
Enquanto os projetos anunciados ganham forma, os matanceros continuam lidando com apagões prolongados, e a mensagem do mandatário levanta a pergunta de quando chegarão as mudanças concretas de que tanto precisam.
A crise energética em Cuba continua a piorar, afetando gravemente a população, enquanto o regime, liderado por Díaz-Canel, segue prometendo soluções que não chegam.
Apesar dos apagões de mais de 24 horas em algumas províncias, as autoridades continuam oferecendo paliativos sem resolver o problema de fundo. Em sua mais recente intervenção, o governante assegurou que a situação melhorará, algo que já havia prometido em ocasiões anteriores sem sucesso.
Os relatórios recentes indicam que a termoelétrica Antonio Guiteras, uma das principais do país, voltará a entrar em funcionamento em breve. No entanto, os cubanos já ouviram essa mesma promessa em várias ocasiões sem que a estabilidade do sistema elétrico melhorasse. Em contraste, a União Elétrica relatou uma “leve melhoria” nos apagões, embora a realidade nas ruas seja que a situação continua insustentável.
A mediados de fevereiro, Díaz-Canel visitou Najasa e reconheceu que os apagões têm ultrapassado as 20 horas em algumas regiões do país, mas, longe de aceitar a responsabilidade do seu governo, culpou fatores externos pela crise. Enquanto isso, a Empresa Elétrica de Havana publicou um calendário de cortes programados que afetam toda a cidade, deixando milhões de cubanos na incerteza.
Perguntas Frequentes sobre a Crise Energética em Cuba e o Discurso de Díaz-Canel
Quanto tempo duram os apagões em Matanzas segundo Díaz-Canel?
Díaz-Canel reconheceu que em Matanzas os apagões duraram até 32 horas consecutivas. Essa situação gerou um descontentamento significativo entre a população, que enfrenta dificuldades adicionais em sua vida diária devido à falta de eletricidade.
Que soluções Díaz-Canel propôs para a crise energética em Cuba?
Díaz-Canel anunciou a instalação de parques fotovoltaicos em diferentes regiões do país, incluindo dois em Matanzas, que contribuirão com mais de 170 megawatts para o meio do ano e até mil megawatts para o final de 2025. No entanto, muitos consideram que essas promessas carecem de prazos concretos e soluções imediatas.
Como Díaz-Canel justificou a crise energética em Cuba?
Díaz-Canel culpo o embargo americano e as limitações econômicas internas pela crise energética. No entanto, críticos apontam que essas justificativas ignoram a ineficiência e a má gestão interna do regime cubano.
Qual tem sido a reação da população cubana diante dos discursos de Díaz-Canel?
A população cubana tem demonstrado um crescente descontentamento e ceticismo em relação aos discursos de Díaz-Canel. Muitos cidadãos sentem que as promessas de melhoria carecem de um plano de ação claro, e a frustração se reflete em protestos e críticas, especialmente nas redes sociais.
Quais desafios Cuba enfrenta devido à crise energética?
Cuba enfrenta numerosos desafios devido à crise energética, incluindo apagões prolongados que afetam a vida diária e a economia do país. A falta de reformas estruturais efetivas e a má gestão intensificam a situação, deixando a população sem acesso a serviços básicos e gerando um clima de desespero.
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