Trump endurece a postura contra o México por narcotráfico e aumenta tarifas sobre a China

Trump impõe tarifas ao México e ao Canadá por avanços insuficientes contra o fentanilo. Aumenta as tarifas à China e alerta a UE, elevando as tensões comerciais e as preocupações econômicas globais.

Donald TrumpFoto © Facebook / @POTUS

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reafirmou sua decisão de impor tarifas de 25% sobre as importações provenientes do México e do Canadá a partir de 4 de março, ao considerar que ambos os países não mostraram avanços suficientes na luta contra o tráfico de fentanilo. Além disso, anunciou um aumento adicional de 10% nas tarifas sobre produtos chineses, o que elevará a carga tarifária total para 20%.

Trump justificou a medida em declarações do Salão Oval, afirmando que “as drogas continuam chegando ao nosso país e matando centenas de milhares de pessoas. Muitas delas vêm do México e da China”. Em sua mensagem na rede Truth Social, advertiu que os tarifas entrarão em vigor na próxima terça-feira, a menos que haja melhorias significativas na luta contra o tráfico de fentanilo.

Truth / Donald Trump

Pressão sobre o México e o Canadá

O mandatário americano indicou que seu governo concedeu um mês de prazo ao México e ao Canadá para demonstrar progressos em matéria de controle de fronteira e combate às drogas, mas que, em sua opinião, os esforços foram insuficientes. “Não podemos permitir que esse flagelo continue prejudicando os Estados Unidos, por isso, até que não seja detido ou seja seriamente limitado, as tarifas entrarão em vigor conforme o previsto”, afirmou Trump.

Ante a iminente aplicação das tarifas, uma delegação canadense liderada pelo ministro da Segurança Pública, David McGuinty, e o novo czar da fentanila, Kevin Brousseau, viajou a Washington para tentar convencer a Casa Branca de que o país não deveria ser penalizado. O Canadá sustenta que sua participação no tráfico de fentanila para os EUA é mínima, com apenas 19,5 quilos apreendidos de um total de 11 toneladas confiscadas pelas autoridades americanas em 2024.

Por sua parte, a presidenta do México, Claudia Sheinbaum, expressou sua confiança em chegar a um acordo com Trump antes de 4 de março. “Espero que possamos anunciar outra coisa na terça-feira. Vamos ver como se desenrolam essas negociações”, disse a mandatária em sua conferência matutina. Uma delegação mexicana liderada pelo chanceler, Juan Ramón de la Fuente, já se encontra em Washington para abordar o tema com o secretário de Estado, Marco Rubio.

Aumento de tarifas para a China e advertência à União Europeia

Além de endurecer sua política comercial com o México e o Canadá, Trump confirmou que as tarifas sobre os produtos chineses aumentarão em 10% adicionais a partir de 4 de março, acumulando um total de 20%. “Esse 10% é adicional ao 10% já imposto este mês”, explicou o presidente, ressaltando que a medida é uma resposta à falta de avanços na luta contra o tráfico de fentanilo, do qual responsabiliza a China como principal fornecedora de precursores químicos.

O presidente também reiterou sua intenção de aplicar "tarifas recíprocas" à União Europeia, argumentando que o bloco comunitário tem prejudicado empresas americanas com impostos e litígios. "Nos impuseram tarifas na forma de impostos sobre o valor agregado de aproximadamente 20%. Processaram a Apple, a Google e outras empresas. Vamos mudar isso", afirmou Trump.

Impacto econômico e tensões comerciais

O endurecimento da política tarifária de Trump gerou preocupação nos mercados e entre empresários dos países afetados. Analistas alertam que essas medidas podem afetar o comércio bilateral com o México e o Canadá, principais parceiros comerciais dos EUA no âmbito do acordo T-MEC.

Além disso, a incerteza sobre as tarifas para produtos chineses e europeus pode aumentar a pressão inflacionária nos EUA, afetando consumidores e empresas que dependem de importações estrangeiras.

As delegações do México e do Canadá continuam as negociações com a Administração americana em uma tentativa de evitar os impostos de importação, enquanto a data limite de 4 de março se aproxima sem sinais de flexibilização por parte de Trump.

Perguntas frequentes sobre as tensões comerciais entre os Estados Unidos, México, Canadá e China

Por que Donald Trump está impondo tarifas ao México, Canadá e China?

Donald Trump decidiu impor tarifas de 25% às importações do México e do Canadá, e de 10% às da China, devido ao entendimento de que esses países não têm feito esforços suficientes para impedir o tráfico de fentanilo para os Estados Unidos. A medida visa pressionar esses países a tomarem ações mais contundentes contra o narcotráfico.

Qual será o impacto dessas tarifas nas economias do México e do Canadá?

Os tarifas poderiam afetar significativamente as economias do México e do Canadá, que dependem em grande parte do comércio com os Estados Unidos. Espera-se que aumentem os custos de exportação para ambos os países, o que pode levar a uma diminuição no volume de negócios e afetar diversos setores industriais.

Como a China respondeu às novas tarifas impostas por Trump?

China prometeu tomar "contramedidas correspondentes" em resposta às tarifas dos Estados Unidos, incluindo a apresentação de uma ação na Organização Mundial do Comércio. O governo chinês advertiu que essas medidas poderiam afetar a cooperação bilateral em temas como o controle do fentanilo.

Quais seriam as consequências dessas tarifas para a economia americana?

Os aranceles podem encarecer as importações, o que, por sua vez, elevaria os preços de produtos de consumo básico nos Estados Unidos. Isso poderia gerar um aumento na inflação e afetar negativamente os consumidores e empresas americanas.

Que medidas tomaram o México e o Canadá para tentar evitar os impostos de importação?

México desplegou 10.000 elementos da Guarda Nacional para combater o tráfico de drogas, e o Canadá implementou um plano de segurança nas fronteiras avaliado em 1.300 milhões de dólares. Ambos os países estão em negociações com os Estados Unidos para tentar evitar a aplicação das tarifas.

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